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França/silicone

Morre primeira vítima de prótese de mama na França

A França registrou no início da semana a primeira morte pelo uso de implante de silicone mamário defeituoso. A vítima é uma mulher que utilizou implantes da marca Poly Implant Prothèse (PIP). O fabricante usou silicone industrial e não de uso médico no produto. Os implantes se romperam, contaminando a vítima e causando sua morte por câncer.

A imprensa francesa relata o primeiro caso de morte por implante de silicone na França.
A imprensa francesa relata o primeiro caso de morte por implante de silicone na França. DR/varmatin.com/Dominique Leriche
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A vítima morreu de um câncer no sistema linfático, que ela contraiu em contato com o gel tóxico do silicone. Em 2010, várias próteses defeituosas foram retiradas do mercado francês. O risco de ruptura do produto defeituoso é duas vezes superior ao normal, segundo as autoridades sanitárias. A recomendação é que as mulheres sejam examinadas a cada seis meses e façam uma mamografia e uma radiografia dos gânglios nessa região do corpo.

O presidente da Associação de Vítimas, Dominique Michel Courtois, será recebido no dia 14 de dezembro no Ministério da Saúde, que diz que vai monitorar de perto o estado de saúde das portadoras desse tipo de implante. A empresa PIP faliu em 2010, mas, antes, era uma das principais exportadoras de próteses de silicone no mundo, especialmente para a Espanha e o Reino Unido.

A Associação solicitou a abertura de um inquérito no setor de saúde da promotoria de Marselha, em 2010. As próteses foram retiradas do mercado pela vigilância sanitária francesa e a empresa PIP foi colocada em liquidação judicial.

Estima-se que 30 mil mulheres sejam portadoras das próteses mamárias defeituosas. Pelo menos 1.400 pessoas prestaram queixa contra a empresa na França.

No Brasil, onde cerca de 100 mil implantes de silicone mamários são realizados a cada ano, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária proibiu a importação das próteses PIP em abril de 2010. Na época, a Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica declarou que a marca francesa era pouco utilizada no país.

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