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Strauss-Kahn/Escândalo

Strauss-Kahn teria importunado aeromoças da Air France

Os advogados da camareira Nafissatou Diallo, que acusa o ex-diretor do FMI, Dominique Strauss-Kahn, de tentativa de estupro, estão em busca de testemunhos de aeromoças e passageiras da Air France que tenham sido importunadas pelo francês. A revelação foi feita pelo jornal francês Le Parisien desta quinta-feira.

Dominique Strauss-Kahn e sua esposa Anne Sinclair
Dominique Strauss-Kahn e sua esposa Anne Sinclair REUTERS/Shannon Stapleton
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Os advogados da camareira multiplicam as ofensivas visando influenciar a audiência na justiça americana, marcada para o próximo dia 23, para que um processo penal seja aberto contra o ex-patrão do FMI. A defesa de Nafissatou Diallo lançou um apelo a supostas vitimas de Strauss-Kahn nos voos da Air France, revela o jornal Le Parisien desta quinta-feira.

A decisão foi tomada após a recepção de uma carta anônima pelos advogados da camareira, no início de julho. A correspondência afirma que "a companhia aérea francesa recebeu uma centena de reclamações de clientes, aeromoças e outras funcionárias femininas contra Strauss-Kahn". Em consequência, a Air France teria decidido colocar apenas comissários homens trabalhando na primeira classe sempre que o ex-patrão do FMI estivesse a bordo, diz a carta.

Nenhuma queixa formal dessas reclamações foi feita na justiça. Procurada pelo Le Parisien, a Air France se recusou a comentar a denúncia. Mas esta manhã a companhia francesa negou, em comunicado, ter dado qualquer instrução sobre a composição da tripulação durante as viagens de Strauss-Kahn. Os advogados da camareira garantem que já tem pelo menos duas funcionárias da companhia francesa dispostas a depor contra o ex-patrão do FMI.

"Essa nova revelação é mais um exemplo do comportamento inapropriado de Strauss-Kahn em relação às mulheres e uma prova suplementar de que Nafissatou Diallo foi realmente agredida sexualmente no dia 14 de maio na suíte do Sofitel de Nova York".

Nova audiência

Desde o dia primeiro de julho, quando a veracidade do depoimento da camareira guineana foi questionada pelo procurador do caso, os advogados da defesa tentam de tudo para evitar que o processo seja encerrado. Além das aeromoças da Air France, eles também tentam convencer ex-amantes de Strauss Kahn a depor contra ele.

O ex-patrão do FMI, que nega todas as acusações, teve sua prisão domiciliar suspensa no início de julho e a audiência para decidir se haverá ou não processo por agressão sexual e tentativa de estupro foi adiada duas vezes.
 

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