Camareira que acusa Strauss-Kahn diz lutar pela mulheres do mundo
Em um pronunciamento diante da imprensa nesta quinta-feira, Nafissatou Diallo disse que denunciou o ex-chefe do Fundo Monetário Internacional em nome de todas as mulheres do mundo. A camareira contesta as acusações de falso testemunho feitas contra ela e diz que até hoje chora todos os dias ao se lembrar da agressão sexual sofrida no hotel Sofitel.
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Nafissatou Diallo compareceu ao centro comunitário cristão do Brooklyn acompanhada de seu advogado Kenneth Thompson, do pastor A.R. Bernard, e do presidente do United African Congress, Mohammed Nurhussien, além de vários dirigentes de organizações de defesa das mulheres. O advogado da camareira começou a entrevista coletiva explicando que a sua defesa é também a de “todas as mulheres que foram vítimas de agressões sexuais no planeta”.
A jovem guineense não respondeu as perguntas da imprensa. Ela disse apenas que não queria que outras mulheres sofressem o que ela sofreu. Nafissatou Diallo também relatou uma conversa que teve com sua filha, que teria pedido que ela parasse de chorar. “Eu ainda choro todos os dias (...) Nós não conseguimos dormir”, disse a camareira, que acusa o francês Dominique Strauss-Kahn de agressão sexual.
“Muitas coisas que disseram sobre mim não são verdadeiras”, declarou Nafissatou Diallo, que teve sua acusação contestada, desde que a defesa do ex-chefe do FMI questionou sua credibilidade. Desde a semana passada a camareira tem multiplicado suas aparições, em uma verdadeira ofensiva mediática para reconquistar a confiança da opinião pública. Além do pronunciamento desta quinta-feira, ela já concedeu entrevistas à revista Newsweek e ao canal de televisão ABC.
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