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Strauss-Kahn/escândalo

Jornalista que acusa Strauss-Kahn de agressão é ouvida pela polícia

A jornalista e escritora francesa Tristane Banon, 32 anos, que também acusa o ex-diretor do FMI Dominique Strauss-Kahn de tentativa de estupro, foi ouvida nesta segunda-feira pela polícia. Ela esteve de manhã na Brigada de Repressão de Delinquência contra Pessoas, em Paris, e deixou o local por volta das 15h.

Tristane Banon e seu advogado David Koubbi, em Paris.
Tristane Banon e seu advogado David Koubbi, em Paris. Reuters
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A jornalista, que na época tinha 23 anos, prestou queixa na semana passada contra o ex-diretor do FMI, Dominique Strauss-Kahn, por tentativa de estupro em 2003.  A promotoria de Paris abriu uma investigação preliminar para avaliar o caso. O depoimento desta segunda-feira pode ser a primeira etapa de um longo processo. No interrogatório, os policiais tentaram reconstruir o caso nos mínimos detalhes. Se existirem provas e elementos suficientes, a promotoria enviará suas conclusões para a análise do juiz de instrução e a abertura do inquérito.

Segundo o advogado de Tristane, David Koubbi, a acusação se baseou em “elementos materiais concretos”, sem dar maiores detalhes. Ele também citou um SMS recebido pela jornalista, mostrado a algumas testemunhas que poderão participar do processo, inclusive sua mãe, Anne Mansouret, que socorreu a filha após a suposta agressão. Alguns juristas alegam, entretanto, que, em caso de agressão sexual, os fatos já prescreveram. A Justiça deverá, desta forma, aceitar a queixa de tentativa de estupro, cujo prazo expira em 10 anos. Tristane explicou que decidiu levar o processo adiante porque "cansou de ouvir que era uma mentirosa."

De acordo com a jornalista, ela teria sido agredida por Strauss-Kahn durante uma entrevista que realizava para um livro, em um apartamento na capital, depois de um primeiro encontro na Assembleia Nacional. "Ele me propôs um café, tirei meu gravador da bolsa, ele quis sentar-se no sofá e depois pediu que eu segurasse sua mão para responder as perguntas, senão 'não conseguiria fazer a entrevista', conta. Tristane conta que tentou ir embora, mas ele desligou o gravador, a agarrou pela mão, e em seguida braço. A jornalista pediu que ele a deixasse. Em seguida, Strauss-Kahn teria tentado rasgar sua roupa, de acordo com uma entrevista dada pela jornalista à revista francesa L'Express. Uma agressão que seu advogado qualifica de "violenta e grave."

Os advogados na França do ex-diretor do FMI, Henri Leclerc e Frédérique Beaulieu, afirmam que as acusações da jornalista "são fruto de sua imaginação."  Strauss-Kahn prestou queixa por calúnia no fim-de-semana, segundo seu advogado, Henri Leclerc.

 

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