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Strauss-Kahn/escândalo

Senador americano pede que camareira tenha direito a processo

O senador democrata Bill Perkins e membros da comunidade negra de Nova York se mobilizam para apoiar a camareira que acusa o ex-diretor do FMI, Dominique Strauss-Kahn, de tentativa de estupro e agressão sexual. Eles pedem que Nafissatou Dialo tenha ao menos a possibilidade de testemunhar durante um processo.

O ex-diretor do FMI, Dominique Strauss-Kahn.
O ex-diretor do FMI, Dominique Strauss-Kahn. REUTERS/Allan Tannenbaum
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Para representantes da comunidade negra de Nova York e membros do congresso americano, o arquivamento do processo pode desencorajar novas vítimas de abuso a prestar queixa. De acordo com o senador Bill Perkins, “a credibilidade de Strauss-Kahn também é discutível”, principalmente agora que ele é alvo de uma acusação formal na França, feita pela jornalista Tristane Banon, ouvida nesta segunda-feira pela polícia (leia mais no nosso site www.brasil.rfi.fr)

Neste domingo, cerca de trinta manifestantes organizaram um protesto no Harlem, em Nova York, para pedir “à promotoria que faça seu trabalho.” Representantes de diferentes associações de defesa dos direitos das mulheres discursaram na rua, exigindo a continuidade do processo.Na semana passada, a associação “100 Blacks in law enforcement who care" também pediu oficialmente à Justiça que o promotor seja desligado do caso. O mesmo pedido foi feito pelo advogado da vítima, Kenneth Thompson.

Os manifestantes acusam o promotor Cyrus Vance Jr. de ter a intenção de encerrar precocemente a investigação, apesar dele ter deixado claro que as acusações contra o ex-diretor do FMI não seriam retiradas. Ele tem grandes chances, entretanto, de ser inocentado.

A próxima audiência de Strauss-Kahn, prevista para o dia 18, pode ser decisiva diante dos novos elementos que vieram à tona. A camareira, segundo informações do jornal The New York Times, mentiu diversas vezes em seus depoimentos à polícia. Em um telefonema obtido pelos investigadores, ela diz ao seu namorado na cadeia, preso por tráfico de drogas, "que sabia quem era Strauss-Kahn e o que estava fazendo." Durante os interrogatórios, entretanto, Dialo afirmou que não reconheceu o ex-diretor do FMI. Ele foi detido no aeroporto, quando embarcava para a França, no dia 14 de maio. Ele foi acusado de 11 crimes, entre eles, tentativa de estupro e agressão sexual.
 

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