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Caso Strauss-Kahn

Defesa de Strauss-Kahn e acusação não chegam a acordo

Não foi dessa vez que Dominique Strauss-Kahn se livrou das acusações de crimes sexuais no Tribunal de Nova York. No fim da reunião de ontem, descrita pelo advogado do ex-diretor do FMI como "tensa, mas muito construtiva", a procuradoria decidiu continuar as investigações do caso. Os defensores do francês indicaram que não foi cogitada a hipótese de ele assumir os crimes.

Ben Brafman (esq.) e William Taylor (dir.), advogados de Strauss-Kahn.
Ben Brafman (esq.) e William Taylor (dir.), advogados de Strauss-Kahn. Reuters/Lucas Jackson
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Por enquanto, não se sabe uma palavra sobre o que foi discutido a portas fechadas entre o procurador de Manhattan, Cyrus Vance, e os advogados da defesa e da acusação. Os defensores do francês indicaram que não foi cogitada a hipótese de ele assumir os crimes. “Strauss-Kahn não vai admitir a culpa em nada”, afirmou um deles, Willian Taylor.

Após a reunião, que durou duas horas, os advogados da camareira que acusa Strauss-Kahn de agressão sexual enviaram uma carta à procuradoria, na qual solicitam que Vance seja substituído.

A alegação dos defensores é que ele estaria vazando informações confidenciais à imprensa, prejudiciais à suposta vítima. Além disso, uma dos colegas do procurador é casada com um dos advogados do ex-diretor-geral do FMI, o que configuraria conflito de interesses, conforme os representantes da camareira. Vance se recusou a deixar o caso e declarou que o pedido era "sem fundamento".

Quanto a Strauss-Kahn, seus sorrisos à imprensa têm sido cada vez mais frequentes, ainda que não tenha feito qualquer declaração aos jornalistas desde que foi posto em liberdade, na sexta-feira. Ontem, ele saiu com sua esposa duas vezes, pela manhã e à tarde. A próxima audiência do caso é prevista para o dia 18 de julho.

Já na França, o Ministério Público estuda se vai considerar a queixa prestada pela jornalista Tristane Banon contra Strauss-Kahn, relativa a uma tentativa de agressão sexual que teria sido cometida em 2003. O órgão vai decidir se abre uma investigação preliminar, se inicia uma investigação judiciária ou se simplesmente encerra o caso.
 

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