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Fusão de ministérios marca novo governo francês liderado por Attal

O novo governo francês foi anunciado nesta quinta-feira (11). Entre as principais surpresas, está a nomeação de Rachida Dati, uma ex-ministra do ex-presidente Nicolas Sarkozy, para a pasta da Cultura. Outra novidade é a fusão dos ministérios da Educação e dos Esportes. 

France's newly appointed Prime Minister Gabriel Attal listens to the speech of outgoing Prime Minister Elisabeth Borne during the handover ceremony at the Hotel Matignon in Paris, France, on January 9
O primeiro-ministro francês Gabriel Attal no dia de sua posse, em Paris, em 9 de janeiro de 2024. via REUTERS - POOL
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Dois dias depois da nomeação de Gabriel Attal como primeiro-ministro, os nomes da equipe do novo governo foram finalmente anunciados pelo secretário-geral da presidência, Alexis Kohler, no Palácio do Eliseu. 

A fusão de ministérios importantes e a nomeação de ministros vindos da direita foram os principais pontos do anúncio. 

Os ministros da Economia, Bruno Le Maire, do Interior Gérald Darmanin, da Justiça, Eric Dupond-Moretti, e da Defesa, Sébastien Lecornu, continuarão no cargo.

A grande surpresa foi a nomeação da ex-ministra da Justiça do governo de Nicolas Sarkozy, Rachida Dati, para a pasta da Cultura, em um claro aceno à direita. Em 2021, ela declarou que os membros do seu partido de direita, Os Republicanos, que decidissem integrar o governo ou o partido do presidente francês, Emmanuel Macron, eram "traidores".

A nomeação de Dati levou à exclusão da futura ministra de seu partido, Os Republicanos (LR). "Nós estamos na oposição. Lamentamos as consequências de sua escolha", declarou o presidente da legenda, Eric Ciotti, em comunicado. Outra representante da direita, Catherine Vautrin, será a encarregada dos Ministério do Trabalho e da Saúde, que também foram fusionados.

Dati teria aceito integrar o governo depois de selar um acordo com o partido de Macron para ser candidata à prefeitura de Paris na próxima eleição. Ela foi derrotada na última eleição pela socialista Anne Hidalgo, que se reelegeu.

Revolta dos professores

Amélie Oudéa-Castéra continua encarregada dos Esportes e dos Jogos Olímpicos, mas sua pasta foi ampliada para acolher também a Educação — conduzida anteriormente pelo próprio Gabriel Attal, com um bom índice de aprovação — e a Juventude. 

O presidente Emmanuel Macron afirmou que a Educação seria uma das prioridades de seu segundo mandato, mas os sindicatos dos professores consideraram "preocupante" e "desdenhoso" a fusão dos dois ministérios e a nomeação de Oudéa-Castéra, que terá muito trabalho até julho com a preparação dos Jogos Olímpicos de Paris 2024

"Mais que surpresos, é revoltante ver como a Educação nacional é tratada, apesar de atravessar uma crise sem precedentes", lamentou Sophie Vénétitay, secretária-geral do principal sindicato francês de professores, Snes-FSU. 

(Com AFP)

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