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Covid-19: casos graves crescem na França e governo convoca conselho de defesa

O número de hospitalizações e casos graves de Covid-19 voltaram a crescer na França nesta segunda-feira (28). Segundo dados publicados pela Agência de Saúde Pública francesa, 24.645 pessoas estão internadas em todo o país, sendo que 2.694 recebem tratamento nas unidades de terapia intensiva. Este é o nível mais elevado registrado desde o dia 23 de dezembro.

As hospitalizações na França estão crescendo desde o dia 23 de dezembro
As hospitalizações na França estão crescendo desde o dia 23 de dezembro © Christophe SIMON/AFP
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De acordo com a agência, 229 pessoas deram entrada nas unidades de terapia intensiva com formas graves da doença. A taxa de testes positivos é de 2,9%. O número de casos diários, 2.960, é relativamente baixo porque menos testes estão sendo realizados durante as festas de final de ano.

Nas últimas 24 horas, 364 pessoas morreram vítimas da Covid-19 - o total é de 63.109 desde o início da epidemia. Os dados oscilaram em dezembro, atingindo picos de 21.0000 contaminações. A  média é de 12.000, bem distante do objetivo de 5.000 estipulado pelo governo para flexibilizar algumas das restrições impostas pelo lockdown.

A França iniciou sua campanha de vacinação neste domingo (27), na expectativa de diminuir a circulação do vírus. Nesta segunda-feira (28), idosos de casas de repouso medicalizadas receberam a imunização em Joué-les-Tours, no oeste da França, no norte do país e em Lyon.

Mas a aceleração da epidemia em certas regiões, como no leste do país, gera preocupação das autoridades e um novo endurecimento do lockdown não está descartado. O governo convocou um conselho de defesa para esta terça-feira (29) para avaliar a situação sanitária.

No leste da França, o dirigente regional, Jean Rottner, e o prefeito da cidade de Nancy, Mathieu Klein, pediram um lockdown total em nível local. "A curva não é horizontal. Ela está subindo", frisou Klein.

O prefeito de Nice, Christian Estrosi, onde a epidemia também está acelerando, prefere apostar em uma antecipação da vacinação. "Não queremos um novo lockdown. A população já sofreu o suficiente com todas essas restrições", declarou. Ele pediu, entretanto, que a campanha de imunização comece rapidamente em sua região. O prefeito também pretende adotar o toque de recolher a partir das 18h em alguns bairros. 

Ano-Novo sem exceção

O governo francês abriu uma exceção no toque de recolher, determinado às 20h, em 24 de dezembro, para que as famílias pudessem celebrar o Natal, mas no Ano Novo a restrição foi mantida. As autoridades franceses pedem que a população seja responsável e limite seus contatos.

Caso a situação epidêmica se agrave, um terceiro lockdown não está excluído, disse o ministro da Saúde, Olivier Véran. Ainda não se sabe se novas medidas foram discutidas por antecipação. A França já passou por um bloqueio total em março adotou restrições comparativamente mais amenas entre 30 de outubro e 14 de dezembro.

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