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Varsóvia exige explicações de Moscou sobre míssil que violou espaço aéreo polonês

A Polônia exigirá uma explicação de Moscou por "uma nova violação do espaço aéreo" e convocará seu embaixador após um míssil de cruzeiro russo sobrevoar o território polonês neste sábado (23). 

O BrahMos é um tipo míssil de cruzeiro supersônico desenvolvido em conjunto pela Índia e pela Rússia (Imagem ilustrativa) (wikipedia.org)
O BrahMos é um tipo míssil de cruzeiro supersônico desenvolvido em conjunto pela Índia e pela Rússia (Imagem ilustrativa) (wikipedia.org) © (@wikipedia)
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Martin Chabal, correspondente da RFI em Varsóvia e com informações da AFP

O míssíl tinha como alvo Lviv, na Ucrânia, desviou de sua trajetória e sobrevoou o território polonês durante menos de um minuto. Durante 39 segundos, os oficiais do exército polonês mantiveram os olhos nos radares.

O míssil russo entrou na Polônia a uma velocidade de quase 800 km/h, a uma altitude de 400 metros e a uma profundidade de cerca de 2 km. Ele não foi derrubado.

Na manhã deste domingo (24), o comandante operacional das Forças Armadas polonesas, Maciej Klisz, explicou que destruir esse tipo de míssil, que carrega explosivos, poderia atingir algum hospital ou uma casa e provocar mortes. O  Exército do país apenas monitorou o míssil, acreditando que em determinado momento, ele retornaria ao espaço aéreo ucraniano.

Reação  do governo

O governo da Polônia reagiu e exigiu explicações à Rússia. "Pedimos à Federação Russa que ponha fim aos ataques aéreos terroristas contra o povo e o território da Ucrânia, que ponha fim à guerra e e se concentre nos problemas internos do país", escreveu o porta-voz do Ministério das Relações Exteriores polonês , Pawel Wronski, em um comunicado.

Após um "ataque maciço" da Rússia no território da Ucrânia, e em particular na sua parte ocidental, "todos os sistemas de defesa aérea foram ativados na Polônia", disse à imprensa o ministro da Defesa polonês, Wladyslaw Kosiniak-Kamysz, acrescentando que o Exército estava monitorando as trajetórias de uma dúzia de mísseis russos.

"Se houvesse qualquer indicação de que o objeto estava se dirigindo a um alvo em território polonês, ele obviamente teria sido abatido", acrescentou o ministro. Em dezembro, houve outro incidente semelhante. Um míssil russo entrou no espaço aéreo polonês e saiu poucos minutos depois, em direção à Ucrânia.  

RFI e AFP

 

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