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Segurança britânico de embaixada em Berlim é condenado à prisão por espionar para a Rússia

Um segurança britânico que trabalhava na embaixada do Reino Unido em Berlim foi condenado, nesta sexta-feira (17), a mais de 13 anos de prisão por espionar para a Rússia. O crime foi descoberto depois que o funcionário caiu em uma elaborada armadilha.

Nesta imagem, David Ballantyne Smith estava com "Irina", um oficial do MI5 que se faz passar por membro do serviço de inteligência militar da Rússia, em 9 de agosto de 2021. Captura de tela de um vídeo de uma câmera de segurança na quadra do Old Bailey, em Londres, Grã-Bretanha, em 13 de fevereiro de 2023.
Nesta imagem, David Ballantyne Smith estava com "Irina", um oficial do MI5 que se faz passar por membro do serviço de inteligência militar da Rússia, em 9 de agosto de 2021. Captura de tela de um vídeo de uma câmera de segurança na quadra do Old Bailey, em Londres, Grã-Bretanha, em 13 de fevereiro de 2023. via REUTERS - METROPOLITAN POLICE
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David Ballantyne Smith, de 58 anos, foi condenado pelo juiz do Tribunal Criminal de Londres, Mark Wall, com base no "dano" causado ao Reino Unido por suas ações. O réu admitiu oito acusações ligadas à espionagem.

O réu foi condenado a 13 anos e dois meses de prisão, devendo cumprir, efetivamente, metade da pena.

Apesar de o acusado não ter entregue documentos altamente sigilosos, nem ter repassado informações sobre armas britânicas, o magistrado considerou que sua culpa era "alta", já que ele copiou uma "quantidade significativa de material ao longo dos anos". Smith teria começado a compilar esses papéis em 2018.

"Seu motivo para ajudá-los [os russos] era prejudicar os interesses britânicos", acrescentou Wall.

Smith, que trabalhou por cinco anos na embaixada britânica na Alemanha, se declarou culpado em novembro por violar a lei de segredos oficiais. Em 2020, Smith enviou uma carta a um membro da equipe militar da embaixada russa em Berlim, com documentos que incluíam nomes, endereços e números de telefone dos funcionários da legação britânica.

Pego em flagrante

Quando as autoridades britânicas e alemãs souberam da carta, planejaram uma armadilha para tentar pegá-lo em flagrante. A promotoria alegou que o britânico, casado com uma ucraniana, foi motivado por seu ódio ao Reino Unido e à Alemanha.

"O acusado expressou opiniões contrárias ao Ocidente e à Otan, e manifestou seu apoio ao [presidente russo] Vladimir Putin", disseram os promotores.

Os advogados de Smith argumentaram que seu desejo era apenas de se vingar da embaixada por se sentir maltratado e mal remunerado. Apesar da ausência de uma evidência escrita dos pagamentos, o juiz Wall considerou que o réu havia "cobrado por sua traição".

Smith "cobrou por sua traição e estava motivado por sua antipatia por este país e pretendia prejudicar os interesses britânicos agindo como agiu", insistiu o magistrado.

(Com informações da AFP)

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