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Rússia afirma que 265 soldados ucranianos resgatados de Azovstal se renderam

O Ministério da Defesa da Rússia anunciou nesta terça-feira (17) que 265 soldados ucranianos, incluindo vários feridos, deixaram a usina de Azovstal, na cidade portuária de Mariupol, no sudeste da Ucrânia, e se renderam. Moscou afirmou que os combatentes serão tratados "em conformidade com o direito internacional".

Um militar ucraniano ferido é retirado em uma maca da usina de Azovstal pelo exército russo na noite de segunda-feira (16).
Um militar ucraniano ferido é retirado em uma maca da usina de Azovstal pelo exército russo na noite de segunda-feira (16). REUTERS - ALEXANDER ERMOCHENKO
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"Nas últimas 24 horas, 265 combatentes entregaram suas armas e se tornaram prisioneiros, incluindo 51 que estavam gravemente feridos", afirmou o ministério russo em um comunicado. A nota indica que as pessoas que precisam de atendimento médico serão levadas para um hospital de Novoazovsk, na região de Donestk, leste da Ucrânia, controlada por separatistas pró-russos. 

Na segunda-feira (16), a vice-ministra ucraniana da Defesa, Ganna Malyar, anunciou que 264 combatentes ucranianos — entre eles 53 feridos — haviam sido retirados da usina. Segundo ela, os soldados deverão ser repatriados no futuro "em um programa de troca". No entanto, até o momento, a Rússia não respondeu à proposta da Ucrânia de intercâmbio de prisioneiros.

Em um vídeo, o presidente ucraniano, Volodymyr Zelenski, declarou que "o essencial é salvar a vida de nossos homens". "Quero ressaltar: a Ucrânia precisa de seus heróis vivos. É o nosso princípio", reiterou. 

Prisioneiros ou criminosos?

O porta-voz do Kremlin, Dmitri Peskov, se recusou a esclarecer se os soldados ucranianos serão considerados prisioneiros ou criminosos de guerra. Moscou classifica vários grupos de militares ucranianos, particularmente o batalhão Azov de Mariupol, como "um bando de neonazistas armados". Segundo o presidente russo, Vladimir Putin, os combatentes serão tratados "em conformidade com o direito internacional".

Já o presidente da câmara baixa do Parlamento russo, Viatcheslav Volodine, declarou em sua conta no Telegram que "criminosos nazistas não devem ser utilizados na troca de prisioneiros". "Em relação aos nazistas, nosso posicionamento não mudou: são criminosos de guerra, e devemos fazer de tudo para que eles compareçam à justiça". 

Mais de mil soldados em Azovstal

Na semana passada, as autoridades ucranianas afirmaram que mais de mil combatentes — entre eles, 600 feridos — continuavam entrincheirados nas galerias subterrâneas deste imenso complexo siderúrgico. Azovstal se tornou um símbolo da resistência da Ucrânia após a invasão russa, iniciada em 24 de fevereiro.

Os soldados resolveram se refugiar no local depois de terem sido cercados pelas forças russas. Centenas de civis que também haviam se abrigado na usina — entre eles, muitas mulheres, crianças e idosos — foram retirados através de corredores humanitários estabelecidos em parceria com a ONU e o Comitê Internacional da Cruz Vermelha no início deste mês. 

(Com informações da AFP

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