Defesa europeia ganha impulso com lançamento de caça no salão aeronáutico de Paris
O Salão Paris Air Show, o maior evento aeronáutico do mundo, foi inaugurado nesta segunda-feira (17) pelo presidente Emmanuel Macron. O lançamento do futuro caça europeu, um projeto chave para a defesa do bloco, marcou a abertura desta 53ª edição, realizada como todos os anos no aeroporto Le Bourget, na periferia da capital francesa.
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As ministras da Defesa da França, Alemanha e Espanha assinaram na manhã desta segunda-feira o acordo-quadro do projeto Scaf, que prevê a construção do novo caça. O avião de combate deve substituir os atuais Rafale e Eurofighter até 2040. Paris e Berlim vão investir 4 bilhões de euros nesse projeto até 2025.
O acordo propõe ainda o desenvolvimento de drones e mísseis de longo-alcance. “Com a adesão oficial da Espanha nesta manhã, o projeto ganha definitivamente uma dimensão europeia”, festejou a ministra francesa Florence Parly.
Aviação civil
O Salão do Bourget 2019 celebra os 50 anos da chegada do homem à Lua com a missão Apolo 11 e os 50 anos de criação da Airbus.
O consórcio europeu aborda o Salão do Bourget em posição de força em relação à principal concorrente, a americana Boeing, fragilizada depois dos acidentes com o 737-800 Max, e já anunciou nesta manhã o lançamento do modelo A 321 XLR. O novo aparelho de médio porte da Airbus consome 30% menos de querosene por assento e tem autonomia para percorrer longas distâncias, entre a Europa e os Estados Unidos, por exemplo.
A atmosfera no setor já foi melhor. Os fabricantes enfrentam críticas pelo papel do transporte aéreo no aquecimento global. Os construtores são incitados a projetar aviões menos poluidores, visando atingir o objetivo de reduzir pela metade as emissões de CO2 em 2050, em relação a 2005.
Embraer
A Embraer apresenta no Salão o avião cargueiro KC-390, a maior aeronave já produzida no Brasil, que logo em seguida irá integrar a frota da FAB.
Apesar dos questionamentos levantados em relação às questões climáticas e de segurança, as expectativas de negócios são boas. A frota de aviões mundial deve dobrar em 20 anos, atingindo 44 mil aparelhos. Nesta manhã, Airbus foi a primeira a anunciar encomendas importantes. O consórcio europeu assinou um contrato de venda de oito A330-900 para a companhia aérea Virgin, de um valor de US$ 2,37 bilhões.
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