Acessar o conteúdo principal

Espanha bate Inglaterra por 1 a 0 e conquista título inédito na Copa do Mundo Feminina

Em uma final inédita para as duas seleções, a Espanha levou a melhor sobre a Inglaterra, vencendo por 1 a 0. A "La Roja", como é conhecida a equipe espanhola, venceu sua primeira Copa do Mundo Feminina neste domingo (20), em Sydney, na Austrália.

As jogadoras Mariona Caldentey e Aitana Bonmatí, da Espanha, comemoram após vencer a Copa do Mundo REUTERS/Hannah Mckay
As jogadoras Mariona Caldentey e Aitana Bonmatí, da Espanha, comemoram após vencer a Copa do Mundo REUTERS/Hannah Mckay REUTERS - HANNAH MCKAY
Publicidade

Após a eliminação precoce das principais favoritas, incluindo os Estados Unidos e a Alemanha, vencedores de seis das oito edições da competição até o momento, Espanha e Inglaterra tiveram uma oportunidade de ouro de acrescentar seus nomes à lista de vencedores da Copa do Mundo. Nesse jogo, foi a "La Roja" que aproveitou ao máximo sua oportunidade.

Em um início de jogo bastante equilibrado, a Inglaterra fez um bom começo. Lauren Hemp forçou uma defesa da goleira espanhola aos 4 minutos, antes de acertar a trave com um chute de longa distância aos 15 minutos.

Salma Paralluelo titular, Alexia Putellas no banco

Mas as espanholas logo voltaram ao jogo, principalmente graças à jovem Salma Paralluelo. A ponta, até então confinada ao papel de coringa de luxo, já havia sido decisiva nas suas participações nas quartas de final e na semifinal, marcando um gol em cada ocasião. Desta vez, o técnico Jorge Vilda decidiu escalá-la como titular e deixar a bicampeã da Bola de Ouro Alexia Putellas no banco. Pela esquerda, a jogadora do Barcelona causou muitos problemas à defesa inglesa, que foi finalmente vazada quando a capitã espanhola Olga Carmona acertou um chute cruzado aos 28 minutos do primeiro tempo.

Depois do intervalo, as mudanças feitas pela treinadora Sarina Wiegman, com a entrada de Chloe Kelly e Lauren James, deram às "Leoas" inglesas um pouco mais de ímpeto, mas elas ainda tiveram dificuldades para causar impacto contra a "La Roja", apesar dos esforços de Lauren Hemp, que esteve imparável no ataque da Inglaterra, mas não conseguiu marcar e fazer a diferença.

As espanholas poderiam ter aumentado o sofrimento das inglesas aos 23 minutos do segundo tempo, quando o árbitro marcou um pênalti discutível, mas a goleira inglesa Mary Earps afastou o chute de Jennifer Hermoso para dar alguma esperança à sua equipe.

No final, foi tudo em vão, já que a Inglaterra insistiu até o final da partida sem sucesso, apesar dos 13 minutos de acréscimos concedidos pelo árbitro. O resultado foi a primeira Copa do Mundo da história da Espanha em sua terceira participação no torneio.

As Rojas ("Vermelhas") no topo

Foram necessárias apenas três edições (2015, 2019 e 2023) para que a Roja chegasse ao topo do mundo. Abalada antes da Copa por turbulências extra-esportivas entre as jogadoras e a federação, e especialmente o técnico Jorge Vilda, a Espanha derrotou a favorita Inglaterra e se tornou campeã mundial pela primeira vez em sua história.

A juventude, a criatividade e a capacidade de passe da Espanha superaram a experiência e a fleuma da Inglaterra, longe de sua serenidade habitual.

 

Carmona, capitã salvadora

Depois de perder duas semifinais, as inglesas, campeãs europeias no ano passado, também estavam disputando sua primeira final de Copa do Mundo, mas perderam a chance de conquistar o título. As jogadoras de Sarina Wiegman não conseguiram trazer para casa o mundial que a Inglaterra estava esperando desde o título masculino em 1966. Como em 2019 com a Holanda, a treinadora foi vice-campeã mundial, depois de um título europeu.

As companheiras de equipe de Olga Carmona, por sua vez, seguiram os passos de suas colegas mais jovens, tendo conquistado os títulos sub-17 e sub-20 em 2022. Todos esses três títulos foram conquistados pela jovem Salma Paralluelo, de 19 anos.

Em um primeiro tempo interrompido pela incursão de um espectador vestindo uma camiseta "Ucrânia Livre" no gramado e em que o espaço era frequentemente encontrado, as espanholas aproveitaram um erro da zagueira inglesa do Barcelona, Lucy Bronze, que perdeu a bola no círculo central.

 A capitã espanhola de 23 anos, Olga Carmona, que estava perfeitamente posicionada à esquerda, deu um chute rasteiro que passou por Mary Earps (29'). Ela já havia marcado o gol da vitória na semifinal contra a Suécia (2-1).

Alguns minutos antes, Lauren Hemp, que foi brilhante no lado britânico, havia acertado o travessão após uma bela jogada de Cata Coll (16'). No contra-ataque, a Espanha também esteve perto de abrir o placar, com Paralluelo perdendo um gol à queima-roupa (17').

Mary Earps tentou manter a esperança das inglesas defendendo um pênalti, que o VAR assinalou como toque de mão de Keira Walsh na área e que foi mal cobrado por Jennifer Hermoso, que perdeu sua segunda tentativa nesse exercício na Copa do Mundo, depois de uma primeira falha contra a Costa Rica.

A Inglaterra foi prejudicada pelo jogo e pela técnica da Roja, e não pôde contar com Lauren James, que voltou de suspensão após seu fraco desempenho contra a Nigéria, embora ela tenha chegado perto de chutar contra Cata Coll (76').

NewsletterReceba a newsletter diária RFI: noticiários, reportagens, entrevistas, análises, perfis, emissões, programas.

Acompanhe todas as notícias internacionais baixando o aplicativo da RFI

Compartilhar :
Página não encontrada

O conteúdo ao qual você tenta acessar não existe ou não está mais disponível.