Daniel Dias conquista seu primeiro ouro nas Paralimpíadas do Rio

Fenômeno da natação brasileira, o paulista Daniel Dias ampliou para 16 seu recorde de medalhas paralímpicas ao vencer na noite desta quinta-feira (08) a final dos 200m livre e erguer mais um ouro na carreira.

Daniel Dial comemora seu primeiro ouro na Rio2016. REUTERS/Sergio Moraes

Detentor dos recordes mundial e paralímpico, Daniel Dias chegou em primeiro com o tempo de 2:27.88 e por cinco décimos de segundo não estabeleceu novo recorde dos Jogos na categoria S5. Apesar de não ter atingido um dos objetivos fixados, de melhorar sua marca, Daniel saiu da piscina extremamente feliz com seu novo feito e aclamado pelo público com gritos de “É campeão”.

“Saio exausto, mas satisfeito com meu desempenho. Esse é meu objetivo a cada prova: dar meu melhor. Não tenho dúvida que dei o meu melhor e fico feliz com essa conquista”, disse aos jornalistas no final da prova.

Daniel Dias, de 28 anos, foi lembrado de que se tornou o primeiro atleta brasileiro a conquistar medalha no Parque Aquático do Rio, já que nas Olimpíadas nenhum nadador do país subiu ao pódio. “Não sabia. Fico feliz por fazer parte desta história”, disse, sorrindo.

A 16ª medalha paraolímpica foi conquistada de maneira relativamente fácil, já que ele dominou totalmente a prova e chegou com mais de 10 segundos à frente do americano Roy Perkins, que ficou com a prata. O britânico Andrew Mullen completou o pódio.

Daniel Dias venceu os 200m nado livre da categoria S5. REUTERS/Sergio Moraes

Daniel Dias também encarou com bom humour a comparação com o Michael Phelps, maior medalhista olímpico da história da natação, com 28 no total. “Eu fico feliz de ser comparado a um grande atleta como o Michael Phelps. Mas eu sou o Daniel Dias e quero conquistar meu espaço, o espaço do esporte paralímpico, mas é uma alegria imensa ser comparado a ele”, declarou.

Novos desafios

Daniel ainda vai competir em outras oito categorias e pode voltar a subir no pódio em provas individuais, como nos 100m livre e 50m borboleta, e também participando de três provas de revezamento por equipes.

O paulista de Campinas também diz ser consciente de que faz parte do grupo de atletas que pode fazer o Brasil atingir o objetivo de ficar entre as cinco maiores potências paralímpicas na Rio 2016. “Eu espero ajudar o Brasil dando meu melhor, assim como todos que caem aqui na água e dão o melhor de si”, afirmou.