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Futebol/Panama Papers

Infantino, presidente da Fifa, é citado no Panama Papers

O suíço, que dirige a Federação Internacional de Futebol (FIFA) desde fevereiro, assinou contratos de cessão de direitos de transmissão de jogos abaixo do preço do mercado. A transação aconteceu quando Gianni Infantino estava à frente do departamento jurídico da União das Federações Europeias de Futebol (UEFA).

Gianni Infantino havia prometido lutar contra corrupção no futebol.
Gianni Infantino havia prometido lutar contra corrupção no futebol. REUTERS/Jorge Adorno
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As informações foram reveladas na noite desta terça-feira (5) pelo jornal alemão Süddeutsche Zeitung, que lançou a investigação gigantesca do Panama Papers. Segundo o diário, Infantino teria assinado, em nome da instituição europeia, contratos no valor de US$111 mil para a transmissão de jogos entre 2006 e 2009. Os direitos de difusão foram, em seguida, revendido para o grupo equatoriano Teleamazonas pelo triplo do preço.

O contrato foi assinado pelo suíço com a Cross Trading, uma empresa baseada em Niue, uma ilha no Pacífico. O offshore pertence aos argentinos Hugo e Mariano Jinkis, que já eram acusados nos Estados Unidos de terem pago propina em troca dos direitos de transmissão das competições da Fifa na América do Sul.

O jornal Süddeutsche Zeitung entrou em contato com a UEFA para pedir explicações, antes mesmo das revelações do Panama Papers. A entidade informou que, na época, não sabia exatamente quem eram os verdadeiros proprietários da offshore.

Escândalo também pode envolver brasileiro

Além da transação com a Cross Trading, o atual presidente da Fifa também terá que se explicar sobre outro contrato de transmissão, assinado há dez anos com a empresa Traffic Sports Europe. A sociedade pertence ao brasileiro José Hawilla, que também está sendo processado pela justiça norte-americana por fraude e obstrução à justiça. O empresário, que confessou ter pago propina ao então presidente da Conmebol Nicolas Leoz e outros executivos da entidade para obter os direitos para transmitir a competição, deve reembolsa US$ 151 milhões ao governo dos Estados Unidos.

As revelações colocam Infantino em uma situação delicada, já que ele havia prometido que, durante sua gestão, “faria desaparecer a corrupção da Fifa”.

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