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EUA aprovam plenamente vacina da Pfizer-BioNTech, que passa a ser obrigatória para militares

Os Estados Unidos aprovaram plenamente, pela primeira vez, nesta segunda-feira (23), a vacina da Pfizer-BioNTech, contra a Covid-19. Até agora, todos os imunizantes haviam sido homologados apenas de maneira emergencial. A decisão poderia convencer as pessoas que hesitam em tomar a vacina e possibilitar instituições a impor a vacinação.

A vacina dos laboratórios Pfizer-BioNTech recebeu autorização plena da Agência Americana do Medicamento (FDA) nesta segunda-feira, 23 de agosto de 2021.
A vacina dos laboratórios Pfizer-BioNTech recebeu autorização plena da Agência Americana do Medicamento (FDA) nesta segunda-feira, 23 de agosto de 2021. REUTERS - DADO RUVIC
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A Agência americana de medicamento, a FDA, “aprovou a primeira vacina contra a Covid-19” no país, para as pessoas de mais de 16 anos, declarou em comunicado.

A vacina da Pfizer beneficiava desde dezembro de uma autorização de emergência. O imunizante continua disponível no país para crianças e adolescentes de 12 a 15 anos sob esta autorização condicional, precisou a FDA.

“Ainda que milhões de pessoas tenham recebido de maneira segura as vacinas contra a Covid-19, nós reconhecemos que, para alguns, esta autorização poderá dar mais confiança na vacinação”, declarou a chefe interina da FDA, Janet Woodcock, citada no comunicado.

A medida “deve conferir mais confiança no fato que a vacina é segura e eficaz”, também afirmou o presidente americano Joe Biden em uma rede social.

Segundo uma pesquisa da Kaiser Family Foundation de junho, aproximadamente um adulto americano não vacinado sobre 10 declarou que estaria mais disposto a receber uma injeção, se um dos imunizantes fosse completamente aprovado pelas autoridades sanitárias.

“Um dos argumentos do movimento antivacina, que alardeava falsamente que se tratava de uma vacina experimental, foi extinto”, afirmou Amesh Adalja, médico do centro Johns Hopkins pela segurança sanitária.

Vacinação obrigatória

A decisão poderá também permitir às autoridades americanas impor a vacinação sem temer recursos legais. A primeira consequência já pode ser observada: o Pentágono anunciou, logo após a homologação, que todos os membros das Forças Armadas serão vacinados.

A cidade de Nova York indicou que profissionais da educação, entre eles professores, deveriam receber ao menos uma dose da vacina antes de 27 de setembro. A medida atinge 150.000 trabalhadores. Até agora, somente 63% dos profissionais da área foram vacinados.

A autorização completa permite também aos médicos, como para todo medicamento, prescrever a vacina fora de casos recomendados. Isso poderia conduzir centenas de profissionais a decidir administrar o imunizante a crianças frágeis de menos de 12 anos para as quais o medicamento ainda não é autorizado.

No entanto, esta prática deve continuar rara, já que dados de testes clínicos ainda são esperados para essa população e devem ser publicados em breve.

A Pfizer anunciou em março ter começado testes em milhares de crianças de 6 meses a 11 anos, que continuam atualmente. Os resultados são otimistas e o laboratório espera entrar com um pedido de autorização emergencial da vacina para menores de 5 a 11 anos em setembro.

Mais de 200 milhões de pessoas, quase 61% da população americana recebeu ao menos uma dose da vacina, na maioria da Pfizer BioNTech.

O ritmo da vacinação ficou mais lento entre abril e julho, mas a curva das aplicações cotidianas voltou a subir nas últimas semanas. O número de doses administradas aumenta principalmente nos estados que registram o maior número de casos devido à variante Delta, muito contagiosa.

Documento e advertência

A autorização da FDA se fundamenta sobre testes clínicos que compreendem quase 20.000 pessoas de mais de 16 anos que receberam a vacina e 20.000 que tomaram um placebo. Aproximadamente 12.000 pessoas foram acompanhadas por no mínimo seis meses, segundo a agência.

“Nós avaliamos os dados científicos e as informações incluídas em centenas de milhares de páginas” e “conduzimos nossa própria análise de segurança e de eficácia” da vacina, explica Peter Marks, responsável científico da FDA. Ele precisou que o processo de produção da vacina também foi verificado, inclusive através de visitas às fábricas.

A autorização inclui uma advertência sobre um risco elevado de miocardite, uma inflamação do músculo cardíaco, após a vacinação. O risco é maior em homens jovens, nos sete dias após a segunda dose.

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