Cristãos são impedidos de comemorar Natal em vários países
Em várias regiões do mundo os cristãos não puderam comemorar o Natal, seja por razões políticas, religiosas ou sanitárias. O papa Francisco está preocupado com a situação desses fiéis e na tradicional missa do Galo, na noite de quarta-feira (24), ele pediu que os católicos “respondam com ternura às pessoas carentes e às situações difíceis”.
Publicado em:
No Iraque, onde a minoria cristã é perseguida pelos extremistas do grupo Estado Islâmico, o Natal é particularmente difícil para os 150 mil fiéis que foram obrigados a deixar suas casas. "Nenhuma solução é proposta para ajudar essas pessoas”, lamentou nesta quinta-feira (25) o patriarca da Igreja Católica do Iraque, Louis Sako.
Na Líbia, um médico egípcio cristão copta e sua mulher foram assassinados e a filha deles seqüestrada, em Sirte. As autoridades afirmam que o crime foi motivado por questões religiosas. Desde a queda do regime do Muamar Kadafi em 2011, a minoria crista líbia é alvo de ataques e intimidações de grupos extremistas islâmicos que controlam principalmente o leste do país.
Natal proibido em escolas chinesas
Na China, o regime comunista da província de Zhejiang, que tem a mais importante comunidade cristã do país e é conhecida como a Jerusalém do Oriente, proibiu pura e simplesmente as comemorações de Natal nas escolas da região. As autoridades aconselham à população a preferir as festas populares chinesas ao invés de festejos ocidentais.
Uma universidade do norte da China também baniu o Natal do campus e obrigou os estudantes a assistir filmes de propaganda cultural do regime. “Sejam filhos honrados para o país, oponham-se às festas ocidentais vulgares”, conclama um cartaz colocado no local. A China comunista é oficialmente ateia e regula com rigor as práticas religiosas no país. Dados de 2010 indicam que 23 milhões de chineses são protestantes e 5,7 milhões católicos.
Epidemia de ebola
Em países muçulmanos da África, o motivo da interdição das comemorações de Natal foi sanitário. Em Serra Leoa, o país mais atingido pela epidemia de ebola, o governo proibiu as comemorações coletivas em locais públicos no Natal e no Réveillon para evitar a propagação do vírus. Só a Missa do Galo foi autorizada. A Guiné, também atingida pelo ebola, tomou a mesma decisão.
NewsletterReceba a newsletter diária RFI: noticiários, reportagens, entrevistas, análises, perfis, emissões, programas.
Me registro