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Os cristãos perseguidos no Oriente Médio não podem ser esquecidos, alerta imprensa

A imprensa francesa desta quarta-feira (24) lembra dos cristãos do Oriente Médio que são perseguidos por radicais islâmicos. Nessa véspera de Natal, Le Figaro publica o apelo da Igreja Católica para que esses fiéis não sejam esquecidos.

Cristãos da Faixa de Gaza celebram Natal na Igreja da Natividade, em Belém.
Cristãos da Faixa de Gaza celebram Natal na Igreja da Natividade, em Belém. REUTERS/Ammar Awad
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Le Figaro informa que o papa Francisco escreveu uma carta pedindo que todos os líderes religiosos muçulmanos, mas também de outras crenças, condenem com firmeza o terrorismo islâmico que expulsa os cristãos, principalmente do Iraque. O texto, dirigido aos fiéis católicos do Oriente Médio e traduzido em árabe, é “fora do comum”, afirma o jornal conservador.

O papa Francisco anuncia na carta uma viagem à região, assim que for possível. Ele exprime apoio, consolação e solidariedade à todos aqueles que terão "os cantos de Natal misturados às lágrimas e suspiros".

Sem nomear o grupo Estado Islâmico, o papa condena “uma organização terrorista que comete abusos e práticas indignas do ser humano e que expulsam os cristãos de terras onde eles estão presentes desde os tempos apostólicos".

Cristãos iraquianos exilados na França

Muitos cristãos que foram expulsos do Iraque se refugiaram na França e o jornal Le Parisien conta como será o Natal desses fiéis. O diário fez uma reportagem com uma família de Mossul, perseguida no Iraque e obrigada a se refugiar, e que hoje mora na casa de um padre, na região parisiense. “Finalmente, um Natal de paz e de liberdade. É como uma ressurreição”, declararam os iraquianos.

Le Parisien lembra que no Oriente Médio, berço do cristianismo, os fiéis são perseguidos por grupos extremistas islâmicos em vários países e que a proporção de cristãos diminuiu muito na região nas últimas décadas.

A situação é especialmente difícil no Iraque. Desde a invasão americana, em 2003, o número de cristãos foi dividido por quatro. Ele passou de 1,5 milhão de fiéis para 300 a 400 milhões atualmente. A maioria fugiu ou foi convertida à força, como em Mossul, cidade controlada pelo grupo Estado Islâmico.
 

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