Marine Le Pen seria vencedora no primeiro turno de presidencial, diz pesquisa
Uma pesquisa de opinião publicada na manhã desta terça-feira (5) indica que Marine Le Pen seria vitoriosa no primeiro turno das eleições presidenciais de 2017 com 29% dos votos. Em segundo lugar, viria o ex-presidente Nicolas Sarkozy, com 28% e, em terceiro, o atual chefe de Estado, François Hollande, com apenas 18%. A pesquisa foi publicada em meio à grande crise que afeta a Frente Nacional. Jean-Marie Le Pen, fundador do partido, foi suspenso temporariamente das funções de presidente de honra.
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Marine Le Pen seria a grande vencedora do primeiro turno se as eleições fossem realizadas hoje. Já o Partido Socialista não chegaria nem mesmo ao segundo turno. “Nas hipóteses que testamos, a esquerda seria eliminada no primeiro turno”, afirma Gaël Sliman, do instituto Odoxa.
Segundo a pesquisa, no cenário “mais provável” para o segundo turno, Nicolas Sarkozy ficaria com 59% dos votos contra 41% para Le Pen. Se o candidato da esquerda no segundo turno fosse o atual primeiro ministro, Manuel Valls, ele também bateria a líder na extrema-direita por 55% a 45%. Já se o adversário no segundo turno fosse Hollande, Marine Le Pen seria eleita presidente, aponta a pesquisa publicada pelo jornal Le Parisien hoje.
Pai de Marine Le Pen rejeita candidatura da filha
Jean Marie Le Pen, fundador da Frente Nacional, é contra a ascensão de sua filha Marine à presidência francesa em 2017. “Isso seria escandaloso”, afirmou nesta terça-feira o líder histórico do partido em entrevista a uma rádio francesa. A direção da sigla suspendeu Jean Marie Le Pen na noite desta segunda-feira (4) por causa de suas reiteradas declarações polêmicas sobre o extermínio dos judeus na Segunda Guerra Mundial.
Os militantes da Frente Nacional devem decidir em uma assembleia extraordinária, daqui a 3 meses, se ele perderá definitivamente o cargo de presidente de honra da Frente Nacional. Diante da situação, Jean-Marie Le Pen acusa a filha de “traição”.
O vice-presidente do partido, Florian Philippot apontado por Jean Marie Le Pen como o idealizador dessa manobra, defende Marine Le Pen em entrevista a RFI. “Durante toda essa crise, que foi difícil e desagradável - " Marine Le Pen, - agiu como estadista. Ela assumiu suas responsabilidades. E não foi fácil para ela. Mas, ela conseguiu separar as coisas, separar o lado pessoal de suas responsabilidades de chefe, de chefe política, de futura chefe de Estado”.
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