Empresa investigada continuará proibida de vender congelados
As autoridades francesas decidiram que a empresa de alimentos Spanghero, foco das suspeitas de venda de carne de cavalo misturada em carne bovina em pratos congelados na França, continuará proibida de comercializar produtos congelados. Hoje foi o 12º dia de análises de 90% dos estoques da companhia pelas autoridades sanitárias.
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“Investigações complementares são necessárias”, declarou o ministro da Agricultura, Stéphane Le Foll, por comunicado, após receber um relatório da Seção de Investigações Veterinárias e Fitosanitárias. “As conclusões desta investigação conduzem à manutenção da suspensão da autorização sanitária” de um dos dois depósitos, utilizado para a estocagem de carne congelada, e a “manter os produtos estocados”.
A homologação sanitária da Spanghero SA foi suspendida depois da descoberta de carne de cavalo em pratos prontos, como lasanha congelada, sem que o conteúdo estivesse especificado na embalagem. A autorização de produção de carne moída, salsichas e linguiças e cortes de carne fresca, entretanto, foi restabelecida na segunda-feira.
A companhia emprega 300 funcionários na região de Castelnaudary, que corriam o risco de serem dispensados devido ao escândalo. A Spanghero é acusada de ter utilizado um lote de 750 toneladas de carne de cavalo em pratos congelados distribuídos a mais de uma dúzia de países europeus. A direção da empresa nega a acusação de fraude, mas a investigação das autoridades sanitárias confirmou “que selos sanitários foram modificados”.
O escândalo da carne de cavalo classificada como carne bovina, que afeta 15 países europeus, atingiu na quarta-feira a Ásia, onde as autoridades de Hong Kong anunciaram a retirada das prateleiras de produtos importados.
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