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Reportagem

RFI Brasil 40 anos: adaptação à evolução tecnológica garantiu a longevidade da rádio

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Desde a sua criação em 1982, a redação brasileira da RFI passou por várias etapas. A transmissão inicial por ondas curtas foi completamente abandonada no início dos anos 2000 e, atualmente, os programas em português para o Brasil são distribuídos por satélite às cerca de 180 rádios parceiras no país, mas principalmente pela internet.

Estúdio 159, da Maison de la Radio.
Estúdio 159, da Maison de la Radio. S.Bonijol/RFI
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Nessas quatro décadas, a adaptação à evolução tecnológica garantiu a longevidade da redação brasileira da RFI, avalia Carlos Aciari, do serviço técnico da emissora, responsável pela instalação de antenas parabólicas e de receptores para as emissoras parceiras no Brasil. Segundo ele, o fim das ondas curtas, “que ninguém escutava” e o início da transmissão via satélite “foi o que salvou” as redações em línguas estrangeiras da RFI. “Havia plano de fechar as redações”, lembra Aciari.

Questões tecnológicas, mas também geopolíticas, como o fim da Guerra Fria, o fortalecimento da União Europeia e a redemocratização de vários países, como o Brasil, levaram a uma mudança de estratégia da RFI. Várias redações em línguas estrangeiras, principalmente direcionadas aos países do ex-bloco soviético, foram fechadas. Mas a RFI Brasil, que conseguiu se adaptar às novas tecnologias, foi mantida.

Adaptações e reformas

A redação brasileira da RFI reformulou progressivamente a sua programação. As duas horas noturnas iniciais foram diminuindo até chegar atualmente ao programa de 30 minutos, que vai ao ar pela manhã (6h30 pelo horário de Brasília). Temas como Meio Ambiente, Multimídia, uma crônica de política internacional e, mais recentemente, programas dedicados à comunidade brasileira pelo mundo, passaram a integrar definitivamente a grade.

A RFI passou a fazer parte do grupo France Médias Monde (FMM) que reúne também o canal de TV internacional France 24 e a rádio Monte Carlo Doualiya, em árabe. A RFI se mudou da emblemática Maison da la Radio para um novo local, em Issy-les-Moulineaux, nos arredores da capital. 

Em 2005, ano do Brasil na França, a redação brasileira foi a primeira das línguas estrangeiras da RFI a inaugurar sua página na internet. Desde então, a produção de conteúdos digitais em português para o Brasil foi reforçada e a rádio está presente nas redes sociais, e graças a novas parcerias, nas principais plataformas de notícias brasileiras. A RFI (como outras rádios) se transformou em um veículo multimídia.

Para Paulo Antonio Paranaguá, que trabalhou na RFI Brasil durante 20 anos, a rádio soube se adaptar e hoje é um bom instrumento para lutar contra as fake news. “Evoluir, conquistar novos meios de chegar aos ouvintes, telespectadores e leitores, isso é a obrigação de todo jornalista hoje em dia para lutar contra as fake news”, ressalta Paranaguá.

"Incontornável"

O site da RFI Brasil é o segundo de maior audiência das redações em línguas estrangeiras da Rádio França Internacional. “Hoje em dia, a RFI tem uma visibilidade tal no Brasil que ela se torna incontornável”, pondera Maria Emília Alencar, que começou a trabalhar na RFI em 1983 e chefiou a redação brasileira da RFI durante quase 13 anos, até se aposentar em 2021.

O potencial para o aumento dessa visibilidade ainda é grande, principalmente devido ao boom do podcast no mundo. “O Brasil é um dos países que tem mais rádios em seu território, mais de 13 mil rádios”, informa Pompeyo Pino, diretor de distribuição de conteúdos para as Américas da RFI, reforçando que a “potencialidade para novas parcerias é enorme”.

Acompanhe a série de podcasts sobre os 40 anos da RFI

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