Acessar o conteúdo principal
Reportagem

RFI Brasil completa 40 anos com 180 rádios parceiras

Publicado em:

Até o início dos anos 1990, a redação brasileira da RFI, fundada em 1982, integrava um serviço único para a América Latina, que produzia programas em espanhol e em português e era chefiado pelo jornalista espanhol Ramón Chao. Quase dez anos depois de sua fundação, a redação ganhou autonomia e iniciou uma estratégia de parcerias com rádios no Brasil.

Sede da RFI, que pertence ao grupo France Média Monde (FMM), em Issy-les-Moulineaux, na periferia de Paris.
Sede da RFI, que pertence ao grupo France Média Monde (FMM), em Issy-les-Moulineaux, na periferia de Paris. Pierre RENE-WORMS/FMM
Publicidade

Com a separação do serviço latino-americano em duas redações, foi criado o cargo de editor-chefe para a RFI Brasil. Os programas iam ao ar todas as noites, sete dias por semana, e a transmissão era feita exclusivamente por ondas curtas, o que limitava a audiência. Para aumentar a visibilidade dos programas em português, surge então a ideia de parcerias com rádios brasileiras.

A primeira parceria no Brasil foi feita com a Bandeirantes de Porto Alegre. Milton Blay, na época editor-chefe da redação, diz que “a RFI foi a primeira rádio internacional a ter parcerias com rádios brasileiras”.

Oziris Marins, hoje diretor de jornalismo do grupo Bandeirantes do Rio Grande do Sul e apresentador do jornal Gente, ainda não trabalhava na Band, mas lembra do início dessa parceria que “era inédita no país”. Ele diz que “sempre me chamou muito atenção a qualidade da produção, das vozes de uma equipe que não é a maior, mas tem um conteúdo fora de série”.

Depois vieram outras parcerias com a Rádio Itatiaia de Minas Gerais, o canal de televisão Globonews, a EBC ou a CBN, emissora para a qual a RFI continua até hoje fazendo entradas ao vivo quase todos os dias. Essa parceria é considerada “fundamental” por Pedro Dias Leite, diretor de jornalismo da CBN. “A RFI traz um olhar importante e interessante sobre o que acontece na França e também um olhar mais amplo sobre o que acontece na Europa”, afirma Dias Leite.

Transmissões via satélite e fim das ondas curtas

Nos anos 1990, além das ondas curtas, a RFI começa a transmitir a sua programação em português para o Brasil via satélite. A mudança representou um salto de qualidade na recepção dos programas. Emanuel Carneiro, presidente da Rádio Itatiaia de 1994 até 2021, garante que “a qualidade era tão boa que muita gente até duvidava que aquilo era uma informação vinda de Paris”.

As transmissões via satélite representaram também uma multiplicação dos parceiros da RFI no Brasil e na América Latina. O brasileiro Carlos Aciari começou a trabalhar na RFI há 22 anos, época em que a empresa iniciou a instalação de antenas parabólicas e de receptores para as rádios parceiras que recebiam não só a programação em português, mas também em francês. “Foi um boom. Foi uma revolução a antena parabólica, aquele som estéreo que chegava da França, foi muito lindo”, descreve Aciari.

As ondas curtas foram abandonadas no início dos anos 2000. Hoje a RFI tem 180 rádios parceiras no Brasil e está presente em todos os estados do país.

As novas tecnologias favoreceram essa expansão. “Um parceiro importante que é a (plataforma) Agência Radioweb que tem mais de duas mil rádios parceiras, das quais mais de mil pegam conteúdos da RFI, todos os dias”, detalha Pompeyo Pino, diretor de distribuição de conteúdos da RFI para o continente americano.

A RFI tem ainda parcerias com pacotes das TVs a cabo da Sky, Net e Oi, que tem uma audiência potencial de 12 milhões de assinantes.

Acompanhe a série de Podcasts sobre os 40 anos da RFI Brasil

NewsletterReceba a newsletter diária RFI: noticiários, reportagens, entrevistas, análises, perfis, emissões, programas.

Acompanhe todas as notícias internacionais baixando o aplicativo da RFI

Veja outros episódios
Página não encontrada

O conteúdo ao qual você tenta acessar não existe ou não está mais disponível.