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Em visita ao Tribunal de Haia, Zelensky pede criação de corte especial para julgar crimes russos

O presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, fez um apelo nesta quinta-feira (4) em Haia, Holanda, pela criação de um tribunal especial para responsabilizar a Rússia pelo seu "crime" de agressão, durante uma visita ao Tribunal Penal Internacional (TPI). Forças ucranianas anunciam ter interceptado 18 de 24 drones lançados pela Rússia entre quarta e quinta-feira. 

O presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelenskiy, fala durante uma coletiva de imprensa, em Haia, Holanda, em 4 de maio de 2023.
O presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelenskiy, fala durante uma coletiva de imprensa, em Haia, Holanda, em 4 de maio de 2023. REUTERS - YVES HERMAN
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"Deveria haver responsabilização por este crime. E isso só pode ser aplicado pelo tribunal", disse Zelensky a diplomatas e funcionários do TPI, que emitiu um mandado de prisão para o presidente russo, Vladimir Putin, em março, pelo crime de guerra de "deportação ilegal" de crianças ucranianas em relação com o conflito.

Em março, os Estados Unidos expressaram apoio à criação de um tribunal especial para julgar a "agressão" russa na Ucrânia, com fundos e funcionários internacionais, mas fundamentado no sistema judicial ucraniano.

O Tribunal Penal Internacional, criado em 2002 para julgar atrocidades cometidas no mundo, não tem competência para julgar crimes de agressão contra a Rússia, que não é signatária do Estatuto de Roma, que criou a Corte.

Terrorismo e sabotagem

Novos ataques com drones no sul da Rússia causaram incêndios em uma refinaria e um reservatório de petróleo nesta quinta-feira. As chamas já foram contidas, segundo fontes russas, e não deixaram vítimas.

Além disso, o sistema regional de defesa antiaérea russa abateu um terceiro aparelho no fim da madrugada.

Essa sequência acontece depois de, nessa quarta, Moscou ter acusado Kiev de "tentativa de assassinar o presidente Vladimir Putin".

Um comunicado do ministério das Relações Exteriores do país afirma que a Rússia enfrenta uma onda de "atividades terroristas e de sabotagem" ucranianas "sem precedentes" em seu território.

Um porta-voz do governo acrescentou que os Estados Unidos teriam encomendado o ataque contra a sede do governo russo.

O governo ucraniano diz "não ter nenhuma ligação" com os dois aparelhos derrubados sobre o Kremlin e diz que o episódio foi uma armação da própria Rússia. 

Além disso, Kiev alega ter abatido 18 de 24 drones enviados pela Rússia a seu território só de ontem para hoje.

O aumento da tensão acontece a poucos dias das celebrações de 9 de maio na Rússia, em comemoração ao fim da Segunda Guerra Mundial. O evento é marcado por grandes desfiles militares em Moscou.

(Com AFP)

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