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Barco com migrantes consegue atracar na Sicília com 89 pessoas resgatadas no Mediterrâneo

O "Rise Above", um barco humanitário que resgata migrantes no Mediterrâneo, atracou durante a noite na Sicília depois de receber autorização do governo italiano, anunciou nesta terça-feira (8) a ONG alemã Lifeline, que freta a embarcação. 

Desespero entre migrantes resgatados que esperam desembarcar na Itália.
Desespero entre migrantes resgatados que esperam desembarcar na Itália. REUTERS - ANTONIO PARRINELLO
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"A odisseia de 89 resgatados e nove membros da tripulação parece concluída. O 'Rise Above' entrou no porto de Reggio Calabria. Esperamos que tudo corra bem e que todas as pessoas a bordo possam desembarcar", afirmou a organização em sua conta no Twitter.

Quatro migrantes foram retirados por razões médicas no domingo (6) da embarcação de pequenas dimensões em comparação com outros três navios de ONGs que operam atualmente no Mediterrâneo e que enfrentaram a rejeição do novo governo italiano para desembarcar seus passageiros.

Depois de passar várias semanas no mar, o navio de bandeira alemã "Humanity 1", da ONG SOS Humanity, recebeu autorização para atracar no domingo na região de Catânia e desembarcar 144 pessoas, essencialmente mulheres e menores de idade, mas 35 homens adultos foram obrigados a permanecer a bordo.

O "Geo Barents", navio com bandeira norueguesa da organização Médicos Sem Fronteiras, também atracou no domingo em Catânia, mas as autoridades permitiram o desembarque de apenas 357 pessoas e proibiram a entrada de outras 215.

Condições insuportáveis

No momento, apenas o "Ocean Viking", da ONG SOS Méditerranée e também de bandeira norueguesa, aguarda autorização para entrar em um porto italiano. Na manhã desta terça-feira, o barco navegava na costa de Siracusa.

"A situação a bordo do 'Ocean Viking' se tornou insuportável para os 234 resgatados. Depois de 17 dias a bordo, a saúde mental deles está gravemente afetada: muitos sofrem de insônia e demonstram sintomas graves de ansiedade e depressão", afirmou a ONG.

O novo governo italiano, o mais à direita desde a Segunda Guerra Mundial, se comprometeu a manter a linha dura contra a migração. 

O ministro italiano do Interior, Matteo Piantedosi, afirmou que os migrantes resgatados no mar eram responsabilidade do país sob cuja bandeira navega o barco.

(Com AFP)

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