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Negociações para trégua em Gaza são retomadas no Cairo com todas as partes presentes

Os mediadores do conflito entre Israel e o Hamas na Faixa de Gaza – Catar, Estados Unidos e Egito – retomaram as negociações no Cairo nesta terça-feira (7), com o objetivo de alcançar uma trégua no território palestino, segundo a Al Qahera News, veículo de imprensa próximo da presidência egípcia. Mais cedo, Israel anunciou que havia enviado uma delegação à capital egípcia para participar das discussões indiretas.

Palestinos deslocados pelo conflito deixam bairros da zona leste de Rafah, depois de receberem ordem de evacuação do Exército de Israel, que inciou ofensiva terrestre neste último reduto do Hamas.
Palestinos deslocados pelo conflito deixam bairros da zona leste de Rafah, depois de receberem ordem de evacuação do Exército de Israel, que inciou ofensiva terrestre neste último reduto do Hamas. © Ramadan Abed / Reuters
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O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, instruiu sua comitiva a "manter-se firme sobre as condições necessárias para a liberação" dos reféns retidos em Gaza desde o ataque do Hamas em 7 de outubro e sobre as "as exigências essenciais para garantir a segurança de Israel", afirmou um comunicado do gabinete de governo. 

Um dirigente do alto escalão do Hamas afirmou, por sua vez, que essas negociações representam "a última chance" para a libertação dos reféns em cativeiro. 

O ministro da Defesa de Israel, Yoav Gallant, declarou que se o processo fracassar, o Exército "intensificará" as operações militares em Gaza". Segundo ele, o governo israelense está disposto a "fazer concessões" para libertar os reféns, mas sem progressos sobre a questão da segurança de Israel, "a operação em toda a Faixa de Gaza será intensificada", disse o ministro em comunicado.

A Casa Branca espera que Israel e o Hamas consigam resolver as divergências persistentes, disse um porta-voz, acrescentando que o governo israelense deu garantias de que a operação recém-iniciada em Rafah, no sul da Faixa de Gaza, era "limitada". 

"Uma avaliação detalhada das posições dos dois lados sugere que eles deveriam ser capazes de resolver as diferenças remanescentes, e faremos tudo o que pudermos para apoiar este processo", disse o porta-voz do Conselho de Segurança Nacional, John Kirby. O americano também disse que espera que um acordo final seja alcançado "muito em breve" nas negociações no Cairo e saudou o fato de todas as partes envolvidas terem enviado representantes.

Em relação à operação militar israelense no sul da Faixa de Gaza, Kirby observou que, segundo Israel, o objetivo era cortar o fornecimento de armas ao Hamas. O porta-voz do Conselho de Segurança Nacional reiterou que Washington ainda se opõe a uma "grande" ofensiva terrestre em Rafah, e quer que a passagem para a ajuda humanitária na fronteira egípcia, fechada pelo Exército israelense, seja reaberta "o mais rápido possível".

A proposta de trégua que está em discussão foi apresentada pelos mediadores internacionais no final de abril. Desde então, exigências dos dois lados foram discutidas. O Hamas aceitou na segunda-feira (6) os termos da última versão. Em princípio, a proposta prevê uma interrupção dos combates durante 40 dias e a troca de 33 reféns israelenses em troca de um número desconhecido de palestinos presos em Israel. 

Com informações da AFP

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