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Em Paris para série de shows, cantora Taylor Swift é criticada pelo impacto climático de sua turnê

A cantora americana Taylor Swift está em Paris para uma série de quatro shows da sua turnê Eras Tour na França. O primeiro deles acontece nesta quinta-feira, 9 de maio, na arena de La Defense, nos arredores da capital. A popstar, que conta com milhões de fãs franceses, tem recebido constantes críticas sobre o impacto climático de sua turnê mundial. 

A popstar Taylor Swift na 66ª edição anual do Grammy Awards em 4 de fevereiro de 2024, em Los Angeles.
A popstar Taylor Swift na 66ª edição anual do Grammy Awards em 4 de fevereiro de 2024, em Los Angeles. Jordan Strauss/Invision/AP - Jordan Strauss
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Simon Rozé, chefe do serviço Meio Ambiente da RFI

Essa é uma crítica recorrente feita à Personalidade do Ano da revista Time: sua turnê mundial é um desastre climático. Com 152 datas marcadas, Taylor Swift decidiu viajar em um jato particular. Se levarmos em conta apenas a etapa americana de sua turnê, ela emitiu no transporte o que 20 franceses emitem em um ano. Isso é 100 vezes mais do que a meta climática estabelecida para 2030 na agenda europeia. 

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A esses números já elevados, podemos acrescentar também a pegada de carbono de seus fãs. Estima-se que um terço de todos os frequentadores de seus shows viaja de avião para ir ao evento. Para um único concerto, isso equivale à média anual de emissões de 250 franceses - 1.250 vezes a meta de 2030. Levando ainda em conta os produtos vendidos nos shows, os números acima podem ser multiplicados por dez.

Créditos de carbono

A cantora americana é regularmente criticada pelo impacto de sua turnê. Taylor Swift respondeu anunciando que havia comprado créditos de carbono para compensar as emissões, embora ela tenha os meios para reduzir ainda mais seu impacto ambiental. Trocar jatos particulares por viagens em aviões comerciais reduziria suas emissões de dióxido de carbono ligados ao transporte em 90%.

Os esforços do Coldplay

Bandas do mesmo porte de Taylor Swift também se comprometeram com a questão do clima. Durante a turnê que se seguiu ao lançamento de seu 9º álbum, o Coldplay se comprometeu a reduzir pela metade a pegada de carbono de suas apresentações. Para isso, os membros do grupo britânico decidiram apoiar projetos de reflorestamento, de regeneração do solo e de energias renováveis, que alimentaram os shows da turnê. 

No entanto, o Coldplay foi duramente criticado, acusado de "greenwashing", ação que consiste na apropriação de ideais ambientalistas por organizações ou pessoas, mediante o uso de técnicas de marketing e relações públicas. A crítica consiste no fato de que esse tipo de atitude e projetos levam tempo para se concretizar, sem garantia de resultados.

Apesar dos esforços, a banda de Chris Martin não fica muito atrás sobre a dimensão de sua turnê em comparação com a de Taylor Swift: o Coldplay fez 122 apresentações em quatro continentes, para um público de quase 5,5 milhões de pessoas. 

Só no Brasil, segundo informações da revista Rolling Stone, a turnê da banda teve um público total de 730 mil pessoas em 11 shows entre São Paulo, Rio de Janeiro e Curitiba.

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