Ucrânia pede libertação imediata de diretor da usina nuclear de Zaporíjia
Kiev pediu neste sábado (1º) a libertação imediata do diretor da central nuclear de Zaporíjia, na Ucrânia, condenando sua "detenção ilegal" pela Rússia.
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Zaporíjia - a maior instalação de energia nuclear da Europa - tem estado no centro das tensões nas últimas semanas, depois que Moscou e Kiev se acusaram de ataques na usina e arredores, aumentando os temores de um desastre atômico.
O diretor da central, Ihor Murashov, foi detido por uma "patrulha russa" na sexta-feira (30) por volta das 16h (horário local) quando ia da usina para a cidade de Energodar. A informação foi divulgada pelo chefe da agência nuclear ucraniana Energoatom, Petro Kotin, em um comunicado.
Kotin disse que o veículo que Murashov diriga foi parado e colocado em outro carro. "Com os olhos vendados, foi conduzido a uma direção desconhecida", afirmou.
O Ministério das Relações Exteriores da Ucrânia disse em comunicado que "condena firmemente a detenção ilegal".
"Mais um ato de terorismo"
"O crime é mais um ato de terrorismo de Estado da Rússia e representa uma grave violação do direito internacional. A Rússia deve libertá-lo imediatamente", acrescentou Kotin.
Murashov "tem a responsabilidade principal e exclusiva pela segurança nuclear e radiológica" da usina Zaporíjia, segundo o chefe da Energoatom.
A usina nuclear está localizada na região de Zaporíjia, na Ucrânia, que a Rússia anexou na sexta-feira (30) junto com outros três territórios na Ucrânia: Donetsk, Lugansk e Kherson.
O bombardeio ao redor da usina estimulou pedidos de Kiev e seus aliados ocidentais para desmilitarizar áreas perto de instalações nucleares na Ucrânia. Uma equipe de monitoramento da ONU visitou Zaporíjia no início de setembro.
(Com informações da AFP)
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