Programa Alimentar da ONU pede acesso a zonas sitiadas na Ucrânia
O Programa Alimentar Mundial (PAM), agência especializada da ONU, solicitou nesta sexta-feira (15) o acesso a zonas de conflito e cidades sitiadas na Ucrânia para prestar atendimento à população. O PMA, com sede em Roma, que opera na Ucrânia desde o início do conflito, afirma ter fornecido ajuda alimentar a 1,4 milhão de pessoas, de acordo com um comunicado.
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O acesso a zonas de conflito, no entanto, continua sendo negado, em particular à cidade portuária de Mariupol, no sul do país, onde cerca de 100 mil pessoas, de acordo com o PMA, continuam cercadas pelo exército russo, e a cidade de Mykolaiv, a leste de Odessa, fortemente bombardeada.
"Pedimos a todos que nos deem o acesso que precisamos para alcançar as pessoas nas cidades sitiadas", declarou o diretor executivo do PMA, David Beasley, no comunicado. "Uma coisa é quando as pessoas sofrem com os estragos da guerra. Outra é quando estão morrendo de fome", acrescentou ele, após uma visita de três dias à Ucrânia.
O PMA afirma querer entregar alimentos para 2,3 milhões de pessoas ainda em abril, mas, para isso, precisa de acesso seguro. Em áreas ao redor da capital Kiev, de onde o exército russo se retirou, como Bucha, Gostomel ou Irpin, a agência distribui massas, arroz, óleo de cozinha e carne enlatada para os civis.
Mais de 7 milhões de pessoas foram deslocadas internamente na Ucrânia e as cadeias de abastecimento normais para fornecer alimentos à população estão "quebradas em muitas áreas", alertou o PAM.
Refugiados
Mais de 5 milhões de pessoas fugiram da Ucrânia desde o início da invasão russa em 24 de fevereiro, de acordo com o Alto Comissariado da ONU para Refugiados (ACNUR). Esta é a maior crise de refugiados na Europa desde a Segunda Guerra Mundial.
(Com informações da AFP)
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