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Migrações internacionais cresceram em 2020, apesar da pandemia de Covid-19

A migração internacional cresceu no último ano, apesar do impacto dramático da pandemia de Covid-19 que levou alguns países a impor restrições nas fronteiras, afirmou nesta quarta-feira (1°) a Organização Internacional para as Migrações (OIM), agência da ONU.

Um grupo de migrantes tentando cruzar o Canal da Mancha em 24 de novembro de 2021.
Um grupo de migrantes tentando cruzar o Canal da Mancha em 24 de novembro de 2021. © GONZALO FUENTES/REUTERS
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Um relatório da Organização Internacional para as Migrações (OIM) das Nações Unidas informa que a quantidade de migrantes internacionais cresceu e chegou a 281 milhões em 2020, ou seja, 3,6% da população mundial. Em 2019, esse número era de 272 milhões, o equivalente a 3,5% da população mundial.

O número representa quase 200 milhões a mais que em 1970, quando foram registrados 84 milhões de migrantes internacionais, o equivalente a 2,3% da população do planeta na época.

Mas a OIM destacou que, sem a pandemia, seriam dois milhões de migrantes internacionais a mais no ano passado, pois o vírus, de alguma fora, chegou a impor mais barreiras ao trânsito nas fronteiras.

O relatório da agência da ONU destaca que a Covid-19 foi "um grande perturbador" da migração e da mobilidade no mundo. Apenas no primeiro ano da pandemia, foram adotadas quase 108.000 restrições de viagens, enquanto o número de passageiros aéreos caiu 60%, ou seja, 1,8 bilhão de pessoas no mundo, contra 4,5 bilhões em 2019.

A Covid-19 "sem dúvida mudou o mundo e afetou cada aspecto da migração", declarou a autora do estudo, Marie McAuliffe.

"Paradoxo"

Ao mesmo tempo, os dados da ONU indicam que o deslocamento interno nos países por desastres, conflitos e violência cresceu de maneira expressiva no ano passado.

Em 2020, 40,5 milhões de pessoas se viram novamente deslocadas, contra 31,5 milhões de deslocados ao longo do ano anterior.

"Estamos presenciando um paradoxo nunca antes visto na história humana", afirma em um comunicado o diretor da OIM, Antonio Vitorino.

"Enquanto bilhões de pessoas tiveram seus deslocamentos dificultados pela Covid-19, dezenas de milhões se deslocaram dentro de seus próprios países", completou.

(Com informações da AFP)

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