Acessar o conteúdo principal

Rebeldes de minoria étnica opositores ao golpe em Mianmar atacam posições militares no noroeste do país

Forças do Exército da Independência Kachin (KIA), rebeldes de uma minoria étnica que se opõe à junta no poder na Birmânia, atacou no sábado (22) posições militares na cidade de Hkamti, no noroeste do país, segundo a mídia local.

Nesta foto de arquivo de 9/11/20, simpatizantes do  simpatizantes do partido Liga Nacional para a Democracia (NLD) exibem retratos de Aung San Suu Kyi.
Nesta foto de arquivo de 9/11/20, simpatizantes do simpatizantes do partido Liga Nacional para a Democracia (NLD) exibem retratos de Aung San Suu Kyi. STR AFP/Archivos
Publicidade

Dois sites relataram um ataque a um posto militar e imagens mostrando uma coluna de fumaça subindo de um lugar apresentado como o alvo do ataque.

A junta no poder em Mianmar desde o golpe de 1º de fevereiro ameaça dissolver o partido político da líder civil deposta Aung San Suu Kyi.

As acusações contra a Premio Nobel de Paz são de fraude nas últimas eleições parlamentares na ex-Brimânia.

 A comissão eleitoral se reuniu com os partidos políticos ontem para discutir possíveis mudanças no sistema eleitoral, mas o NLD, partido de Aung San Suu Kyi não estava representado.

O chefe da junta, general Min Aung Hlaing, justificou o golpe citando alegações de fraude nas eleições legislativas de novembro, vencidas pela esmagadora maioria pelo NLD.

A mídia local noticiou na quinta-feira que a junta suspendeu o limite de idade de aposentadoria para generais, o que permitiria ao general Min Aung Hlaing permanecer no cargo mesmo após seu 65º aniversário em julho.

Comparecimento previsto para segunda

A Birmânia está em estado de caos e sua economia está paralisada desde o golpe. A repressão aos manifestantes e dissidentes pró-democracia deixou mais de 800 mortos. Ao mesmo tempo, dezenas de milhares de civis foram deslocados por confrontos entre o exército e as milícias étnicas, que são numerosas no país.

Aung San Suu Kyi, 75 anos, não é vista em público desde sua prisão pelos militares. Em prisão domiciliar na capital Naypyidaw, ela deve comparecer pessoalmente pela primeira vez na segunda-feira (24).

A ganhadora do Prêmio Nobel da Paz de 1991 foi indiciada seis vezes desde sua prisão. Ela só conseguiu se encontrar com seus advogados durante breves sessões de videoconferência, sob estreita vigilância das forças de segurança.

Ela está sendo processada em particular por não cumprimento de restrições relacionadas à pandemia, importação ilegal de walkie-talkies, incitação a distúrbios públicos e violação de uma lei sobre segredos de Estado que data da era colonial.

Ela também é acusada de ter arrecadado várias centenas de milhares de dólares e onze quilos de ouro em subornos, mas não foi acusada de "corrupção".

Se for considerada culpada, ela pode ser banida da política e até mesmo condenada a longos anos de prisão.

O LND obteve maioria absoluta nas eleições legislativas de novembro, apesar das críticas de falta de transparência, mas cujos resultados foram "em geral, representativos da vontade do povo da Birmânia", segundo a Rede Asiática para Eleições Livres ( Anfrel).

Um grupo de deputados depostos, em sua maioria membros do NLD, formou depois do golpe um "governo de unidade nacional" que a junta colocou na lista de "organizações terroristas" no início de maio.

(com informações da AFP)

NewsletterReceba a newsletter diária RFI: noticiários, reportagens, entrevistas, análises, perfis, emissões, programas.

Acompanhe todas as notícias internacionais baixando o aplicativo da RFI

Compartilhar :
Página não encontrada

O conteúdo ao qual você tenta acessar não existe ou não está mais disponível.