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Dieselgate

“Dieselgate”: Renault é investigada pela justiça francesa

Três juízes franceses abriram uma investigarão sobre os dispositivos utilizados pela montadora Renault para controlar as emissões poluentes de seus veículos a diesel. O processo é anunciado logo após a Fiat Chrysler ser acusada do mesmo delito pelas autoridades norte-americanas.

Justiça da França abre investigação sobre possível fraude em motores da Renault
Justiça da França abre investigação sobre possível fraude em motores da Renault REUTERS/Vincent Kessler
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Cerca de um ano e meio após o escândalo de fraudes nos motores da Volkswagen, a justiça quer saber se a Renault, primeira montadora francesa, também interferiu nos sistemas de controle das emissões de poluentes de seus veículos.

A procuradoria ordenou em 12 de janeiro a abertura dessa investigação judicial por "fraude". O processo também afirma, como circunstância agravante, que o caso “teve por consequência o fato de tornar a mercadoria perigosa para a saúde dos homens e dos animais”.

Imediatamente após o anúncio da investigação, as ações da Renault na Bolsa, no início da sessão, sofreram uma queda de 3,63%, depois de abrir em alta de 1,08%.

A gigante francesa, que apresentou em março de 2016 um plano de ação para reduzir as emissões de gases poluentes de alguns de seus motores a diesel, reagiu às acusações. Em um comunicado, a empresa disse que “respeita a legislação francesa e europeia” e que seus veículos “não são equipados com programas de fraude nos dispositivos de despoluição”.

Essa não é a primeira vez que a empresa francesa é alvo desse tipo de processo. Em janeiro de 2016 a montadora já havia sido suspeita de descumprir normas com diesel na França. Na época, quando o escândalo envolvendo os motores da Volkswagen balançaram o mercado automobilístico, o presidente da Renault Nissan, Carlos Ghosn, afirmou que a empresa respeitava as regras e havia sido vítima de um “tratamento injusto”.

Escândalo também atinge a Fiat Chrysler

O escândalo, que já está sendo chamado de “dieselgate”, também atingiu esta semana a Fiat Chrysler. A montadora foi acusada pelas autoridades americanas de ter adulterado os motores de 104 mil de seus veículos a diesel nos Estados Unidos para minimizar o nível real das emissões poluentes, utilizando um estratagema similar ao empregado pela Volkswagen.

O grupo ítalo-americano teria instalado em seus modelos Jeep Cherokee e em suas caminhonetes picapes Dodge Ram 500, fabricadas entre 2014 e 2016, programas que falsificam resultados dos controles anti-poluentes para fazê-los passar como mais "verdes", assegurou a Agência de Proteção do Meio Ambiente dos Estados Unidos (EPA).

"O fato de dissimular um programa que afeta as emissões em um motor constitui uma grave violação da lei que pode traduzir-se em uma poluição nefasta do ar que respiramos", comentou Cynthia Giles, uma das funcionárias da EPA, em um comunicado. Segundo a agência, os veículos envolvidos expeliram muito óxido de nitrogênio (NoX), um gás ao qual são atribuídos diversos problemas respiratórios. O grupo Fiat Chrysler US negou as acusações em um comunicado.

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