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Volkswagen/Crise/Setor automobilístico

Volkswagen enfrenta a pior crise de sua história

A Volkswagen, uma das maiores fabricantes de carros, anunciou nesta sexta-feira (18) a supressão de 30 mil postos de trabalho em todo o mundo.

Fábrica da Volkswagen em Wolfsburg, Alemanha.
Fábrica da Volkswagen em Wolfsburg, Alemanha. REUTERS/Fabrizio Bensch/File Photo
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A medida faz parte de um plano do grupo para recuperar sua rentabilidade, após o dieselgate - escândalo de fraude utilizado pelo grupo para driblar controles ambientais distorcendo dados de emissão de gases poluentes na atmosfera.

O impacto econômico sofrido pela empresa, após as divulgações dessas informações, foi imenso. A ação do grupo caiu quase 40% em dois dias. Investidores e consumidores sofreram enormes perdas e exigem bilhões de euros em compensações.

O objetivo dos cortes é a economia de € 3,7 bilhões por ano até 2020. "A marca Volkswagen não dá dinheiro suficiente", afirmou o presidente Herbert Diess em uma entrevista coletiva na sede da empresa em Wolfsburgo.

Mercado brasileiro em crise

O grupo automobilístico, que tem 624.000 funcionários em todo o mundo, pretende reduzir 23 mil postos de trabalho só na Alemanha. Mas as demissões podem atingir o Brasil, já que a crise atual no país afeta a venda de veículos e a indústria automobilística em geral.

Por sua vez, as fábricas da Volks no Estado de São Paulo são antigas e já diminuíram bastante seu pessoal nos últimos anos. São Bernardo chegou a ter 40 mil funcionários há muitos anos, e Wolfsburg, 65 mil. Agora, a fábrica Anchieta tem 16 mil, e Wolfsburg, 24 mil.

O acordo para cortar postos ocorre após oito meses de intensas negociações entre sindicatos e a direção do grupo.  A redução dos postos de trabalho deve ser alcançada com demissões voluntárias e aposentadorias antecipadas, em troca de compromissos de construção de veículos elétricos, a nova prioridade do grupo.
 

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