ONU autoriza operação militar francesa na República Centro-Africana
O Conselho de Segurança da ONU adotou nesta quinta-feira por unanimidade uma resolução autorizando uma intervenção francesa na República Centro-Africana, para proteger os civis. O país está mergulhado no caos desde o golpe de estado ocorrido em março, que tirou o presidente François Bozizé do poder
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A resolução 2127 também impõe um embargo de um ano na venda de armas destinadas ao país. O texto também incumbe a ONU de preparar uma missão de paz no país, que mergulhou no caos desde o golpe de estado da coalizão rebelde Seleka, que tirou o presidente François Bozizé do poder.
Desde então, o país está à mercê de grupos armados.
O voto acontece em meio a uma escalada da violência em Bangui, onde foi decretado toque de recolher. Cerca de 250 soldados franceses já chegaram à capital.
O texto foi adotado por unanimidade pelos 15 países membros do Conselho, e autoriza os soldados franceses a tomar todas as medidas necessárias para apoiar a MISCA, como são chamadas as forças africanas no país.
A missão da MISCA será proteger os civis, reestabelecer a ordem e a segurança, estabilizar o país e facilitar o encaminhamento da ajuda humanitária.
Na operação Sangaris (nome de uma borboleta vermelha), a França deverá triplicar seu contingente, que chegará a cerca de 1200 homens.
Eles serão encarregados de garantir a segurança do aeroporto de Bangui e nas principais vias de acesso, por onde deverão chegar os comboios de ajuda humanitária.
A resolução também propõe a transformação inicial da MISCA em uma força da manutenção da paz na ONU, quando as condições serão mais propícias.
Mas essa decisão depende de uma nova aprovação do Conselho. O secretário-geral da ONU, Ban Ki Moon, deve preparar um relatório sobre o tema em três meses. Uma operação deste porte mobilizaria entre 6 e 9 mil boinas azuis.
A resolução também prevê a criação de uma comissão de investigação de direitos humanos e sanções contra membros acusados de crimes de guerra.
Mais de 80 cadávares foram encontrados em uma mesquita de Bangui nesta quinta-feira depois dos confrontos que aconteceram pela manhã.
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