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Tunísia/ crise

Em meio a mortes e tensão, Tunísia tenta resolver crise política

Na Tunísia, o governo islamita e a oposição se reúnem para negociar uma transição política, após o fracasso da gestão do partido islâmico Ennahda. A população voltou às ruas da Tunísia nos últimos dois dias, em protesto contra a morte de sete soldados e um policial, na quarta-feira, atingidos por militantes salafistas, corrente radical do islamismo. Os protestos deixaram três mortos ontem.

Enterro de policial morto ontem reuniu centenas de pessoas em Kef (Tunísia).
Enterro de policial morto ontem reuniu centenas de pessoas em Kef (Tunísia). REUTERS/Anis Mili
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Nesta manhã, troca de tiros já foram registrados entre policiais e homens armados na capital, Tunis, deixando um ferido. Três homens foram presos e um fugiu.

A tensão marca uma reunião de “diálogo nacional”, que acontece hoje para tentar encontrar uma solução à crise política iniciada em julho, com o assassinato do deputado de oposição Mohamed Brahimi. O sindicato UGTTé o mediador das conversas.

Para participar da reunião, os partidos de oposição, reunidos na Frente da Saudação Nacional, exigem que o primeiro-ministro Ali Larayedh prometa se demitir nos próximos três meses.

Ontem, uma sede do partido islâmico Ennahda, no poder na Tunísia, foi atacada em Beja, deixando cinco feridos - informou um representante do movimento, Abdesatar Amduni, em declarações à rádio Shems-FM. "Cinco membros do Ennahda foram feridos, um com uma fratura na perna, e outro com queimaduras no rosto", durante o ataque cometido por alguns dos "centenas ou milhares" de manifestantes nesta cidade 100 km a oeste de Túnis - acrescentou Amdouni.

Na quinta-feira de manhã, uma instalação do Ennahda em Kef (noroeste) já havia sido incendiada por manifestantes. Segundo testemunhas, eles teriam saqueado o local antes. O prédio fica perto da residência da família de um dos seis guardas mortos na véspera, em confrontos com um grupo armado na região de Sidi Bouzid (centro-oeste).
 

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