Mais 200 imigrantes são barrados tentando entrar nos enclaves espanhóis
Um grupo de 200 imigrantes vindos da África tentou mais uma vez atravessar nesta madrugada a fronteira que separa o Marrocos do enclave espanhol de Melilla, mas foram barrados de acordo com a prefeitura local.
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Nos últimos dias centenas de imigrantes vindos de diversos países da África Subsaaariana têm tentado atravessar a barreira metálica de 3 metros de altura que separa o continente africano das cidades autônomas espanholas de Melilla e Ceuta, dois territórios de 20 km quadrados, na costa marroquina. O objetivo dos clandestinos é pisar em solo europeu. Segundo estatísticas, a cada ano 50 mil pessoas tentam entrar nos dois enclaves.
Airton Ribeiro de Souza, pesquisador de Relações Internacionais da Universidade de Cádiz, no sul da Espanha, diz que a Europa tem dois problemas em relação a esses imigrantes. Os países europeus enfrentam uma incapacidade de absorver esse contingente de africanos no mercado de trabalho, uma situação que piorou com a crise econômica na zona do euro. Mas, por outro lado, os governos europeus não podem expulsar esses imigrantes sem provar que eles estejam pondo em risco a segurança de seus cidadãos, devido à política de direitos humanos do bloco.
Os clandestinos acabam tendo um refúgio temporário, enquanto fazem os procedimentos administrativos de legalização no continente. Os pedidos acabam sendo rejeitados, e só nesse momento as autoridades europeias podem expulsá-los para os países de origem. Conhecendo essa situação, os imigrantes destroem ou simplesmente perdem seus documentos para evitar uma extradição.
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