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Egito/Referendo

Egípcios aprovam Constituição, mas oposição contesta o referendo

De acordo com informações não-oficiais divulgadas pela Irmandade Muçulmana nesse domingo, o projeto da nova Constituição do Egito teria sido aprovado por 64% dos eleitores. A oposição, que denunciou várias fraudes durante as duas etapas do pleito, contesta os resultados. A contagem final dos votos será divulgada nessa segunda-feira. 

Policiais cercam corte constitucional egípcia após a divulgação dos primeiros resultados não-oficiais do referendo.
Policiais cercam corte constitucional egípcia após a divulgação dos primeiros resultados não-oficiais do referendo. REUTERS/Khaled Abdullah
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Apesar de a contagem dos votos não ter sido concluída, representantes da Irmandade Muçulmana, que detém o poder no Egito, anunciaram os primeiros resultados não-oficiais do referendo sobre a nova Constituição do país. O texto, que foi submetido aos eleitores nos dias 15 e 22 de dezembro, teria sido aprovado por 64% dos votantes e o pleito teria registrado um índice de participação de 32%.

No entanto, a Frente da Salvação Nacional (FSN), que reúne a oposição egípcia, contesta o resultado. Durante uma entrevista coletiva concedida na tarde desse domingo, os representantes do grupo denunciaram várias fraudes e irregularidades constatadas nas duas fases do voto.

Na Alemanha, o ministro das Relações Exteriores, Guido Westerwelle se disse preocupado com a situação no Egito e pediu que as denúncias de violações sejam examinadas. Já Teerã, que não tem relações diplomáticas com o Cairo desde 1980, parabenizou os egípcios pela aprovação da nova Constituição defendida pela maioria islâmica atualmente no poder. Ramin Mehmanparast, porta-voz da chancelaria iraniana, disse que o voto marca “um apoio formidável ao governo egípcio em seu trajeto para realizar as aspirações progressistas, islâmicas e revolucionárias de seu povo”.

A nova Constituição é apontada pela oposição como um retrocesso nas liberdades do país. O texto vem sendo contestado desde que foi apresentado pelo presidente Mohamed Mursi em novembro passado, desencadeando uma série de manifestações violentas nas principais cidades do Egito.

Os resultados oficiais do referendo devem ser divulgados a partir de segunda-feira.
 

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