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Síria/Estados Unidos

EUA analisam sanções contra regime sírio

Os Estados Unidos estão analisando a possibilidade de adotar sanções contra o governo sírio em resposta ao uso da violência contra os manifestantes no país. Nesta segunda-feira, pelo menos 25 pessoas morreram em Deraa, onde os protestos começaram há cerca de um mês. Conselho de Segurança da ONU pode propor projeto de resolução dentro de 15 dias.

A Síria fechou nesta segunda-feira a fronteira com a Jordânia.
A Síria fechou nesta segunda-feira a fronteira com a Jordânia. Reuters/Majed Jaber
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De acordo com uma reportagem publicada no Wall Street Journal deste domingo, o presidente Barack Obama está preparando um decreto autorizando o congelamento de ativos dos responsáveis sírios, além de impedir a realização de qualquer tipo de transação comercial nos Estados Unidos.

Segundo o porta-voz do Conselho de Segurança nacional, Tommy Vietor, “a violência do governo sírio contra seu povo é deplorável e nos a condenamos veementemente”, disse. “As sanções são uma maneira de reagir à repressão e mostrar claramente que este comportamente é inaceitável.” Em um comunicado, ele também destaca que as reinvidicações da população síria por mais liberdade de expressão devem ser ouvidas, assim como “o desejo de escolher livremente seus dirigentes.”

O regime do presidente Bachar Al Assad tem reprimido violentamente o movimento de contestação que se instaurou no país desde o dia 15 de março. Segundo testemunhas, pelo menos 25 pessoas morreram nesta segunda-feira em Deraa, berço da revolta no sul da Síria. A cidade foi invadida por forças de segurança apoiadas por tanques de guerra, que atiraram em diversos edifícios. O governo sírio enviou no início da noite desta segunda-feira mais soldados, tanques e veículos blindados à cidade para por um fim aos protestos. Há informações também de ataques das forças do regime em outras cidades sírias. Em Jableh, no noroeste, e Djabla, no Oeste, 26 pessoas foram mortas no domingo.

Pressionado, o governo sírio deu sinais de abertura na quinta-feira, decretando o fim do estado de emergência no país, em vigor desde 1963, que permitia a prisão de qualquer cidadão  sem um mandato. As autoridades também prometeram rever a lei que impede manifestações no país. No fim-de-semana, no entanto, o regime deixou claro ter escolhido a opção militar para retomar o controle da situação. Nos últimos três dias, as forças sírias lançaram uma ofensiva sangrenta em diversas cidades do país, com o objetivo de colocar um fim definitivo à revolta popular. A repressão do regime ao movimento de contestação histórico na Síria já deixou ao menos 361 mortos e 221 desaparecidos, segundo balanços extra-oficiais.

Paralelamente, nesta segunda-feira, o governo sírio também fechou os postos na fronteira com a Jordânia.
 

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