Conselho de Ministros da França reduz salário de presidente e de ministros
O novo governo francês realizou hoje sua primeira reunião ministerial no Palácio do Eliseu, sob a presidência de François Hollande e do primeiro-ministro Jean-Marc Ayrault. Os novos ministros adotaram uma redução de 30% dos salários. Para o novo presidente e o novo premiê, é preciso que a nova equipe tenha um comportamento exemplar.
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Os 34 ministros nomeados ontem, 17 homens e 17 mulheres, tomaram conhecimento de regras éticas impostas à equipe: o ministro que se candidatar às legislativas de junho, e for derrotado nas urnas, terá de entregar o cargo. Os nomeados também não poderão acumular funções.
Na reunião também foi adotada a medida simbólica que marca a virada do governo à esquerda: a redução de 30% dos salários do alto escalão. O presidente francês e o primeiro-ministro vão receber salário idêntico de 14 mil euros (R$ 35.700) , contra 53 mil de Nicolas Sarkozy e 50 mil de François Fillon. Os ministros do novo governo socialista terão remuneração mensal de 11 mil euros (aproximadamente R$ 28 mil).
Para o primeiro-ministro francês, a medida é “exemplar”. Em tempos de crise, é preciso que os novos membros do governo no poder façam sacrifícios e reduzam seus salários. Logo que assumiu o poder em 2007, o presidente Nicolas Sarkozy aumentou o seu salário em 170%, passando a receber 19 mil euros (R$ 48.200) por mês assim como o seu primeiro-ministro, François Fillon. Na época, a medida gerou mal-estar na opinião pública.
A crise na Grécia deve também dominar boa parte da reunião. “É preciso cuidar da zona do euro e orientar a construção da Europa”, declarou o ministro da Economia francês, Pierre Moscovici. Ele disse que essas, aliás, serão as prioridades da sua pasta.
G8
Hoje à noite, o novo presidente francês embarca para os Estados Unidos, onde terá nos próximos dias reunião bilateral com o presidente Barack Obama e reuniões de cúpula do G8 (grupo dos 7 países mais ricos e a Rússia) e da OTAN (Organização do Tratado do Atlântico Norte). A inclusão de medidas de crescimento na gestão da crise na zona do euro e a retirada antecipada das tropas francesas do Afeganistão vão estar no centro dos debates.
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