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França/terrorismo

França não vai tolerar "santuário terrorista" em seu território, diz ministro

"A França não vai tolerar em seu território nenhum santuário terrorista", disse neste sábado (7) o ministro francês do Interior Bernard Cazeneuve. A declaração foi dada durante uma visita a Lunel, pequena cidade no sul da França, onde pelo menos dez jovens deixaram o país para combater na Síria ao lado do grupo Estado Islâmico.

O ministro francês Bernard Cazeneuve
O ministro francês Bernard Cazeneuve (Foto: Reuters)
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Um mês depois dos atentados em Paris e do ataque à redação do jornal Charlie Hebdo,o ministro francês reafirmou a firmeza do governo francês no combate contra o terrorismo. Segundo ele, Lunel, cidade francesa situada entre Nîmes e Montpellier com pouco mais de 26 mil habitantes, “vive uma tragédia. Os jovens que cresceram aqui, partem motivados pela violência e um engano”, declarou.

De acordo com a polícia francesa, desde outubro, entre dez e vinte jovens, entre 18 e 30 anos, deixaram o país em direção à Síria. Seis deles morreram, segundo as autoridades. No final de janeiro, uma investigação sobre uma filial jihadista na cidade resultou na prisão de cinco pessoas. “Temos a convicção de que a República é forte em sua unidade e em seus valores”, afirmou o ministro.

Segundo o prefeito da cidade, Claude Arnaud, que acompanhava o ministro, “muitos jovens se deixam influenciar por discursos cujo único objetivo é afastá-los da República. A comunidade muçulmana é importante aqui. Uma minoria se radicalizou nos últimos anos e eu sou testemunha.”

Ministro lembra policial muçulmano morto há um mês

O ministro francês aproveitou para homenagear Ahmed Merabet, o policial morto no dia 7 de janeiro durante o ataque contra o jornal Charlie Hebdo. “A comunidade muçulmana de Lunel quer viver em paz. Nunca esquecerei a dignidade da família de Ahmed Merabet. Vi uma família orgulhosa de suas origens, e daquele que haviam perdido”, declarou. “Nunca me esquecerei do rosto desse policial no chão, morto à queima-roupa por bárbaros que perverteram sua religião porque a ignoravam”, declarou.

Diante de alguns habitantes que pediram ao ministro que “limpasse” a cidade, Cazeneuve respondeu: “O Islã na França é, em sua maioria, um Islã tolerante. É preciso lembrar desses valores e do amor por esses valores. E transmiti-los às crianças”, concluiu.
 

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