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França/Sarkozy

Ex-presidente francês se reúne com partido e pode voltar à cena política

Pela primeira vez em seis anos, o ex-presidente francês Nicolas Sarkozy comparecerá nesta segunda-feira a uma reunião na sede de seu partido, a UMP, depois de ter tido as contas da campanha de 2007 rejeitadas pelo Conselho Consititucional. Segundo a imprensa francesa, ainda não se sabe se será desta vez que o ex-chefe de estado fará seu retorno à cena política.

O ex-presidente francês Nicolas Sarkozy poderá voltar à cena política
O ex-presidente francês Nicolas Sarkozy poderá voltar à cena política REUTERS/Francois Lenoir
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O ex-chefe de estado francês se encontrará com o presidente do partido, Jean François Copé, por volta das 17h no horário local. Além do ex-premiê François Fillon e de 50 integrantes da diretoria da UMP, também foram convidados parlamentares e secretários regionais. A estimativa é de que 800 pessoas estejam presentes no encontro, que está sendo visto como um possível retorno oficial do ex-presidente à política.

Mas a volta de Sarkozy, segundo a imprensa francesa, ainda não será anunciada oficialmente desta vez, e o ex-presidente comparecerá à reunião para analisar com os dirigentes a situação financeira do partido. A UMP  acumula um rombo de 11 milhões de euros, equivalentes às despesas da campanha de 2007 que não serão reembolsadas pelo Estado. De acordo com o ex-ministro do Interior Brice Hortefeux, a participação de Sarkozy nesta reunião é apenas um "depoimento em solidariedade" à situação que hoje enfrenta a UMP.

Na semana passada, o Conselho Constitucional rejeitou as contas da campanha eleitoral de Sarkozy em 2007, uma decisão inédita na história do país, o que o levou a pedir demissão do órgão.

Na sexta-feira, em sua conta no Facebook, Sarkozy fez um apelo aos militantes para que se mobilizassem para "salvar o partido." Desde que ele foi derrotado pelo Partido Socialista nas eleições presidenciais em 2012, a UMP enfrenta dissidências internas. A batalha entre Jean François Copé, ex-líder na Assembleia Legislativa, e o ex-premiê François Fillon, que disputaram a presidência da legenda, ilustra bem esse desgaste.

De acordo com o jornal Le Monde, a volta oficial do ex-presidente à política, que poderá representar o partido nas eleições de 2017, estaria prevista para o segundo semestre de 2014, se houver consenso entre as correntes mais conservadoras e moderadas, que estão longe de conviver pacificamente.

De acordo com uma pesquisa divulgada hoje pelo Instituto Ifop, 59% dos franceses entrevistados são contrários ao retorno do ex-chefe de estado, que durante seu mandato conquistou a antipatia de uma boa parte da população pelo seu temperamento intempestivo e o gosto pelo luxo.
 

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