Acessar o conteúdo principal

Sarkozy fica irritado com rejeição das contas de campanha de seu partido

A rejeição das contas de campanha do ex-presidente Nicolas Sarkozy, anunciada ontem pelo Conselho Constitucional francês, e a crise política no Egito são os principais assuntos em destaque nos jornais desta sexta-feira, 5 de julho.

O ex-presidente Nicolas Sarkozy.
O ex-presidente Nicolas Sarkozy. REUTERS/Francois Lenoir
Publicidade

"Sarkozy declara guerra", diz em manchete o jornal Aujourd'hui en France, acrescentando que o ex-presidente ficou furioso com o caso, se demitiu do Conselho Constitucional e vai acelerar seu retorno à cena política. A decisão vai privar a UMP, partido de Sarkozy, de quase 11 milhões de euros, cerca de 30 milhões de reais, que seriam reembolsados pelos cofres públicos, conforme prevê a legislação eleitoral. Como o fato é inédito, nenhum outro candidato no passado foi punido financeiramente, Sarkozy disse por meio de amigos que estão cometendo uma nova infâmia contra ele, depois de seu indiciamento judicial por abuso de fraqueza da milionária Liliane Bettencourt. Nesse caso, Sarkozy é suspeito de ter recebido dinheiro para o caixa dois da campanha de 2007 da herdeira do grupo L'Oréal.

O diário Le Figaro, de tendência conservadora e quase um porta-voz da direita, também vê na decisão do Conselho uma declaração de guerra.

O jornal progressista Libération fala em "paulada" num partido já moribundo, "um desastre financeiro para a UMP, que já estava afundada em dívidas".

Sobre a crise política no Egito, os jornais franceses enfrentam o mesmo dilema de outros veículos da mídia internacional. O que aconteceu no Egito, afinal, foi ou não foi um golpe de Estado?

Na mesma página de um jornal, as interpretações são contraditórias. O Le Figaro, por exemplo, apresenta uma reportagem com o título "O golpe que constrange os ocidentais", e logo abaixo, em seu editorial, o jornal escreve que é "um absurdo falar em golpe de estado militar e tomar a defesa dos islâmicos da Irmandade Muçulmana sob pretexto que eles venceram as eleições". Para o Le Figaro, isso equivale a aderir à tese dos islamitas que querem se apresentar como vítimas quando governaram o país por um ano de maneira autoritária.

O diário católico La Croix não tem opinião definida e se declara preocupado com os desdobramentos da crise no Egito e em toda a região do Oriente Médio.

NewsletterReceba a newsletter diária RFI: noticiários, reportagens, entrevistas, análises, perfis, emissões, programas.

Acompanhe todas as notícias internacionais baixando o aplicativo da RFI

Compartilhar :
Página não encontrada

O conteúdo ao qual você tenta acessar não existe ou não está mais disponível.