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França/Imprensa

Jornais franceses comentam a volta de Sarkozy à cena política

Sarkozy está de volta. Sim, é isso mesmo, o ex-presidente que jurou que nunca mais ia querer ser presidente de novo, voltou à cena política da França, como provam os artigos sobre ele nos jornais deste sábado, 6 de julho de 2013. Um retorno imprevisto causado pela rejeição do Conselho Constitucional das contas relativas à campanha presidencial de 2011, quando Sarkozy foi derrotado pelo socialista François Hollande.

Jornais franceses deste sábado comentam a volta de Nicolas Sarkozy à cena política.
Jornais franceses deste sábado comentam a volta de Nicolas Sarkozy à cena política.
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Comecei minha leitura pelo "Le Monde", que traz na primeira página a manchete "A volta de Nicolas Sarkozy eletriza o jogo político". O artigo informa que Sarkô, como é chamado por aqui, que estava distante da vida política, vai estar presente na reunião extraordinária do seu partido para analisar a situação financeira crítica do UMP. Um retorno que dá margem a muita polêmica. A começar entre os seus próprios partidários, que consideram prematura esta "aparição", lembrando que o Conselho Constitucional não avalizou a contabilidade da sua campanha presidencial de 2012, afinal, faltam 11 milhões de euros no caixa do partido... E como dizem que Sarkozy anda de olho nas presidenciais de 2017, apesar de ter dito que não queria mais se sentar no trono do Palácio do Eliseu, ele protestou à sua maneira, ou seja, ficou muito bravo com o Conselho...

O cientista político Pascal Perrineau, do Centro de Estudos Políticos da Sciences Po, de Paris, também concorda que é cedo para o ex-presidente ressurgir; Claro que o fato de ter a sua prestação de contas da última campanha rejeitada não é um bom sinal, mas o especialista acha que, no fundo, as verdadeiras razões da derrota de Sarkozy para o presidente socialista François Hollande ainda não foi analisada de forma nua e crua, e com maturidade, pelo seu próprio partido.

Libération, diário de esquerda, conta toda a história sobre as contas do ex-candidato e publica reações de Hollande, em viagem na Tunísia, que tenta pôr ordem na casa, lembrando que o Conselho constitucional deve ser respeitado. O ex-primeiro-ministro Alain Juppé, do mesmo partido de Sarkozy, que não esconde suas aspirações presidenciais, se alinha a Hollande ao declara que as decisões do Conselho devem ser respeitadas por todos.

O jornal popular "En France Aujoud'Hui", na sua coluna política, mostra a foto de Sarkozy fazendo jogging, com o título " O patrão está de volta", explicando que não era o calendário nem o roteiro imaginado para o ex-presidente soar os sinos do fim da sua aposentadoria.

Termino minha leitura com a primeira frase do artigo do Le Monde: Vai voltar? Não vai voltar? Ou é uma verdadeira volta de mentirinha?

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