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Mais de 900 feminicídios foram cometidos durante o governo Macron, denuncia coletivo

A marca de 900 feminicídios registrados desde o início da presidência de Emmanuel Macron, em 2017, foi ultrapassada, segundo o coletivo feminista #NousToutes. 

O número de feminicídios cresceu durante o governo Macron
O número de feminicídios cresceu durante o governo Macron © Getty Images/Tinnakorn Jorruang
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A luta “pela igualdade e pela eliminação completa da violência contra as mulheres” foi considerada como uma das prioridades do primeiro mandato do presidente francês, Emmanuel Macron, em novembro de 2017, poucos meses após sua eleição.

O presidente francês criou na época um número de emergência para mulheres vítimas de violência e seus familiares, além de telefones em caso de “perigo iminente” e braceletes que evitam a aproximação dos agressores de suas vítimas.

"Há mais de seis anos, nossos líderes políticos se vangloriam de terem colocado em prática medidas contra a violência sexista e sexual", escreveu o coletivo feminista #NousToutes em um comunicado publicado na quinta-feira. "No entanto, desde que Emmanuel Macron se tornou presidente, mais de 900 feminicídios foram registrados e mais de 1.000 crianças ficaram órfãs", disse.

Uma faixa de 15 metros de comprimento com os nomes e idades das 900 mulheres mortas será colocada na noite desta quinta-feira na capital, em frente ao Trocadero, perto da Torre Eiffel, onde 900 luzes noturnas serão colocadas no chão em memória às vítimas.

O coletivo denuncia "a inação do Estado" e pede "um orçamento de € 2,6 bilhões por ano para combater a violência de gênero e apoiar as vítimas".

De acordo com os números oficiais, que incluem apenas feminicídios conjugais, foram cometidos 833 assassinatos entre 2017 e 2023 - 739 feminicídios entre 2017 e 2022, segundo o Ministério do Interior. Somam-se a esses números os 94 crimes cometidos em 2023, segundo o Ministério da Justiça.

Manifestação do coletivo #NousToutes em 2019
Manifestação do coletivo #NousToutes em 2019 Zakaria ABDELKAFI / AFP

Uma mulher morre a cada três dias na França

Ainda não há dados oficiais sobre feminicídios cometidos desde o início de 2024. No final de 2023, o chefe de Estado se disse "implacável" no combate à violência contra as mulheres e pela igualdade de gênero. As declarações geraram diversas críticas de associações feministas.

"Estamos no mesmo ritmo há oito anos, com uma mulher morta a cada três dias por seu parceiro ou ex-companheiro", diz a militante Julia, que pediu para não se identificar, na quinta-feira. Ela é membro do coletivo Feminicídios, que trabalha para contar os casos relatados pela imprensa de mulheres mortas em uma estrutura conjugal.

Com informações da AFP

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