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Novo premiê francês é alvo de onda de antissemitismo e homofobia nas redes sociais

Associações francesas denunciam "onda de ódio antissemita e homofóbico" contra o novo primeiro-ministro francês Gabriel Attal na rede social X. A União dos Estudantes Judeus da França (UEJF) pediu, nesta quinta-feira (11), punições contra os autores das mensagens.

O novo primeiro-ministro francês Gabriel Atta, no dia de sua posse, em Paris, em 9 de janeiro de 2024.
O novo primeiro-ministro francês Gabriel Atta, no dia de sua posse, em Paris, em 9 de janeiro de 2024. AFP - LUDOVIC MARIN
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"A nomeação de Gabriel Attal como primeiro-ministro é alvo de uma nova onda de antissemitismo e homofobia no X", denuncia a UEJF em uma mensagem postada na mesma rede social. "Não temos mais tempo para advertências, agora é hora de ações", continua a associação, ao pedir punição aos responsáveis pelos tuítes. 

"Sionista de merda" e "bicha sefaradita" são alguns dos insultos recolhidos pela UEJF no X. 

Na terça-feira (9), logo após a nomeação de Attal, o presidente do Conselho representativo das instituições judias da frança (Crif), Yonathan Arfi, lamentou uma "onda de comentários antissemitas e homofóbicos nas redes sociais". 

"Para os haters, ele é claramente e antes de tudo um primeiro-ministro limitado à sua orientação sexual ou à origem de seu nome. Para os republicanos, é um primeiro-ministro, simplesmente", publicou na rede social de Elon Musk.

Attal é de ascendência judia por parte de pai. A mãe do premiê é russa e católica ortodoxa.

Mensagens e cartas de insultos 

Não é a primeira vez que o primeiro-ministro recebe mensagens ofensivas. Em uma entrevista em novembro ao canal de tevê francês TF1, quando era ministro da Educação, Attal afirmou ter recebido cartas com insultos e mensagens nas redes sociais de caráter antissemita, além de outras mensagens com ameaças, depois que proibiu a abaya, um tipo de vestimenta muçulmana, nas escolas públicas. 

Ele também afirmou ter sido alvo de insultos homofóbicos e disse ter "construído uma carapaça contra isso". 

A UEJF pede "sanções aos tuítes de ódio", e "prisão para os principais promotores do ódio" e uma "multa dissuasiva contra X, que se recusa a moderar" seu conteúdo.

O X já está sendo investigado pela Comissão Europeia pela publicação de "conteúdos ilegais" após os ataques do Hamas contra Israel em 7 de outubro de 2023. Desde 18 de dezembro, a comissão abriu uma "investigação formal" por faltas presumidas às regras europeias em matéria de moderação de conteúdos e transparência. 

O processo é o primeiro desde a entrada em vigor da nova legislação europeia sobre serviços digitais, em 25 de agosto. 

Se o X não conseguir convencer a Comissão Europeia sobre seus meios de moderação, a multa aplicada pode ser de até 6% de seus rendimentos mundiais, além de uma proibição de operar na União Europeia

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