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Aeroportos e escolas francesas voltam a fechar por ameaças de bombas

Pelo menos 14 aeroportos franceses receberam novas ameaças de ataques na manhã desta quinta-feira (19) e “pelo menos 8” foram esvaziados devido às ameaças de bomba, informou uma fonte à AFP. Na véspera, a maioria dos principais aeroportos franceses, com exceção de dois em Paris, foram temporariamente fechados pela mesma razão, levando ao cancelamento de 130 voos e a inúmeros atrasos.

Pelo menos seis aeroportos franceses receberam alerta a bomba nesta quinta, como o de Toulouse-Blagnac. (18/10/2023)
Pelo menos seis aeroportos franceses receberam alerta a bomba nesta quinta, como o de Toulouse-Blagnac. (18/10/2023) AFP - CHARLY TRIBALLEAU
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Os alertas têm aumentado há vários dias na França, desde o atentado que matou o professor Dominique Bernard, em Arras, no norte francês, e o início do conflito entre Israel e o grupo radical palestino Hamas. Nesta quinta, até o início da tarde, os aeroportos afetados foram os de Brest, Carcassonne, Rennes, Tarbes, Bordeaux-Mérignac, Béziers, Montpellier e Nantes.

Contactada pela AFP, a Direção-Geral da Aviação Civil (DGAC) confirma que “vários aeroportos nacionais, incluindo o de Nantes, receberam esta manhã ameaças de ataque”, sem mais detalhes, em meio a uma situação que ainda pode mudar ao longo do dia.

Alguns aeroportos emitiram comunicados sobre o assunto. O de Lille indicou, no final da manhã, que seria reaberto gradualmente.

“De acordo com os serviços do Estado, o terminal é evacuado enquanto são realizadas as verificações necessárias”, apontou.

‘Pensamos que fosse um exercício’, diz aluno

Estabelecimentos escolares franceses também continuam a ser alvo de ameaças. Professores e alunos foram retirados de seis escolas em Toulouse e arredores, depois que a polícia alertou sobre as suspeitas de bombas instaladas nos locais. Um estabelecimento em Rennes também foi interditado. Milhares de estudantes foram afetados.

Na escola secundária Stéphane Hessel, no distrito de Roseraie, o acesso ao estabelecimento foi bloqueado pela polícia. "Houve um alarme, falaram para a gente sair. Pensamos que era apenas um exercício de simulação de incêndio, mas não”, testemunhou Loan, aluno de 15 anos. “Fomos levados para um ginásio e ficamos lá por duas horas. Quando vemos caminhões da polícia, milhares de pessoas reunidas... É preocupante”, disse o adolescente.

Os alunos puderam retornar às aulas em três das escolas por volta das 10h (5h em Brasília). Alguns optaram por não voltar às salas depois que o alerta foi suspenso.

Em Rennes, 1,6 mil alunos do ensino fundamental e médio Zola deixaram o local depois que a escola recebeu um e-mail ameaçando o complexo. “O alarme soou e o diretor saiu muito rápido”, contou o aluno Malo, de 14 anos, à emissora France Bleue.

Com o colete verde nas costas, o vice-diretor da escola bloqueou a rua para permitir que os alunos fossem encaminhados ao Parque Saint Georges. Na sequência, cães farejadores inspecionaram o local em busca de explosivos, sob a orientação de militares da operação antiterrorista Sentinela.

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