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França: danos após protestos violentos irão custar R$ 3,5 trilhões a seguradoras

A violência urbana que tomou a França após a morte do adolescente Nahel, de 17 anos, atingido por um tiro disparado por um policial em 27 de junho durante uma blitz, causou danos estimados em € 650 milhões (cerca de R$ 3,5 trilhões), estimou a federação de seguradoras nesta terça-feira (11).

Tumultos e saques eclodiram em toda a França após a morte, em 27 de junho, do adolescente Nahel, atingido por um tiro policial.
Tumultos e saques eclodiram em toda a França após a morte, em 27 de junho, do adolescente Nahel, atingido por um tiro policial. © Richard BOUHET / AFP/File
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Nove décimos "do custo (...) dizem respeito aos 3,9 mil bens comerciais e empresariais e patrimônios públicos danificados", afirmou a presidente das seguradoras francesas, Florence Lustman, em uma nota à imprensa.

O restante dos prejuízos diz respeito principalmente a danos sofridos por particulares, cujos veículos, principalmente, foram incendiados.

O prejuízo dos eventos violentos e de depredação representa mais do que o dobro da estimativa divulgada na semana passada, que somava € 280 milhões.

Ainda para efeito de comparação, durante o movimento dos coletes amarelos, os danos chegaram a € 250 milhões. Em 2005, um outro episódio de violência policial resultou na morte de dois jovens. As depredações durante os protestos que duraram mais de duas semanas, na época, resultaram em € 200 milhões em prejuízos.

Apenas na capital francesa e arredores, os confrontos urbanos provocaram pelo menos € 20 milhões em estragos nos transportes públicos.

De acordo com o Escritório de Turismo de Paris, entre  20% e 25% das reservas de hotéis na cidade previstas para o início de julho foram canceladas.

Declarações de sinistros

Ao todo, a federação das seguradoras contabilizou 11,3 mil declarações de sinistros relacionadas à violência urbana que se seguiu por uma semana à morte de Nahel, em Nanterre, a oeste de Paris.

Mais de 3,7 mil pessoas foram detidas em conexão com os distúrbios, incluindo cerca de 1.160 menores de idade, de acordo com dados do Ministério da Justiça, que informou na sexta-feira (7) cerca de 400 prisões.

(Com informações da AFP)

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