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França: Temendo ataques contra a polícia, governo proíbe venda de fogos de artifício no feriado nacional

O governo francês proibiu, neste domingo (9), a venda e o uso de fogos de artifício durante o feriado de 14 de julho. Os fogos, que tradicionalmente são lançados durante a festa nacional, também foram usados contra as forças de segurança em episódios recentes de violência urbana em várias cidades do país.

Policiais foram atacados com fogos de artifício durante protestos na França.
Policiais foram atacados com fogos de artifício durante protestos na França. AP - Aurelien Morissard
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Os fogos de artifício foram usados massivamente durante as seis noites de distúrbios que abalaram a França após a morte, em 27 de junho, de Nahel, de 17 anos, baleado à queima-roupa por um policial durante um controle de trânsito perto de Paris. Temendo um novo surto de violência durante o feriado nacional, o governo publicou um decreto proibindo sua venda nos dias 14 e 15 de julho.

"A fim de evitar o risco de grave desordem pública durante as festividades de 14 de julho, a venda, o porte, transporte e uso de artigos pirotécnicos e fogos de artifício estão proibidos em toda a França até 15 de julho inclusive", diz o decreto. Esta proibição não se aplica a profissionais autorizados ou a municípios que organizam shows de fogos de artifício no feriado, acrescenta o texto.

Os espetáculos pirotécnicos fazem parte das celebrações de 14 de julho, festa nacional francesa. Além de Paris, várias cidades organizam queimas de fogos na data, em eventos que reúnem milhares de pessoas.

Além da proibição dos fogos, a primeira-ministra, Elisabeth Borne, anunciou a mobilização "massiva" de meios de segurança para a ocasião.

Desde o início dos protestos desencadeados pela morte de Nahel, o governo francês vem adotando medidas de segurança muitas vezes contestadas para conter a onda de violência. Cerca de 45 mil policiais foram mobilizados diariamente durante uma semana e mais de 6 mil jovens chegaram a ser detidos.

A estratégia parece ter funcionado e a situação está relativamente calma há cerca de uma semana. No entanto, as autoridades temem que a festa nacional, que sempre é marcada por grandes aglomerações populares, possa ser uma ocasião de retomada de tensões.

(Com informações da AFP)

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