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Parlamentares franceses chegam a acordo às vésperas de voto decisivo sobre reforma da aposentadoria

As negociações do projeto de reforma da Previdência avançaram nesta quarta-feira (15), com a aprovação na Comissão Conjunta Mista (CMP) de senadores e deputados da medida mais polêmica do documento, às vésperas do voto decisivo dos senadores e dos deputados. Enquanto isso, as manifestações tiveram menos adesão nas ruas das principais cidades francesas, mas algumas categorias continuam mobilizadas. 

Um manifestante segura um cartaz que diz "não recuar para salvar nossas aposentadorias", durante manifestações contra a reforma da Previdência, em Paris, em 15 de março de 2023.
Um manifestante segura um cartaz que diz "não recuar para salvar nossas aposentadorias", durante manifestações contra a reforma da Previdência, em Paris, em 15 de março de 2023. © Anne Morzine / RFI
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O ponto mais sensível do projeto sobre o aumento da idade da aposentadoria de 62 para 64 anos foi validado, sem surpresas, na CMP. Os sete deputados e sete senadores adotaram o famoso artigo 7º.

“Através deste compromisso, eles respondem ao pedido dos franceses para construir soluções conjuntas para o país”, afirmou no Twitter a primeira-ministra francesa Elisabeth Borne.

Cerca de 1,7 milhão de manifestantes desfilaram na França nesta quarta-feira contra a reforma previdenciária, segundo os sindicatos, e 480 mil, de acordo com o ministério do Interior, pelo oitavo dia de ação contra a reforma da Previdência. 

Um número maior do que no sétimo dia, sábado (12), em que pouco mais de um milhão de pessoas marcharam, segundo os sindicatos, mas menos do que em 7 de março, quando mais de três milhões foram às ruas.

A mobilização continua nas refinarias, no serviço de limpeza urbana e entre os controladores de tráfego aéreo, que permanecem em greve.

"Acordo amarrado"

Na Assembleia, a líder dos deputados do partido de esquerda radical, A França Insubmissa, Mathilde Panot, denunciou "um acordo que já estava amarrado" e "um clima absurdo, como se não houvesse movimento social".

O projeto, que coloca em jogo o poder político do presidente Emmanuel Macron, deve ser votado na manhã desta quinta-feira no Senado. Para a aprovação, a direita e o centro devem votar favoravelmente.  

À tarde, o projeto volta para um último voto na Assembleia, pelos deputados, onde um grande suspense permanece.

Os deputados do partido de direita Os Republicanos estão divididos. Os votos da sigla são cruciais para o campo presidencial, que só tem maioria relativa na Assembleia. Se a maioria absoluta não for garantida, o executivo poderia ser tentado a usar o artigo 49.3 da Constituição, que permite que um texto seja adotado sem votação.

O presidente francês se reúne nesta quarta-feira à noite com sua primeira-ministra e alguns dos principais ministros responsáveis pela reforma. Mas ele não planeja, "nesta etapa" adotar o texto sem votação, de acordo com fontes do campo presidencial.

(Com informações da AFP)

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