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Covid-19: cinco milhões de franceses poderão receber a terceira dose da vacina a partir de setembro

Cerca de cinco milhões de pessoas idosas ou que fazem parte de grupos de alto risco serão alvo da campanha para receber a terceira dose da vacina contra a Covid-19 na França. O Ministério da Saúde anunciou nesta quinta-feira (12) que os imunizantes começarão a ser aplicados em setembro.

França começará a aplicar a 3ª dose da vacina anticovid em pessoas idosas e vulneráveis a partir de setembro.
França começará a aplicar a 3ª dose da vacina anticovid em pessoas idosas e vulneráveis a partir de setembro. AP - Adrienne Surprenant
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A "campanha do reforço vacinal" vai visar especialmente os residentes das casas de repouso para idosos, os pacientes de tratamentos de saúde de longa duração e os idosos com mais de 80 anos. Também fazem parte desta lista doentes que correm o risco de desenvolver formas graves da Covid-19, além de imunodeprimidos. 

Ainda que por enquanto não exista um consenso científico sobre os grupos que devem se beneficiar da terceira dose da vacina anticovid, a necessidade do reforço é ressaltada pela Alta Autoridade de Saúde, o Conselho Científico e o Conselho de Estratégia Vacinal, os três principais grupos que orientam as decisões da França durante a pandemia de Covid-19.

O Ministério da Saúde francês indica também que outros públicos podem ser incluídos na campanha de reforço futuramente. As autoridades pretendem abrir o período de inscrição para a vacina em 1° de setembro e começar a aplicar as terceiras doses em 15 de setembro. 

Além da França, a Alemanha e a Suécia já anunciaram que oferecerão a terceira dose da vacina contra a Covid-19 às suas populações. As campanhas são alvo de críticas da Organização Mundial da Saúde (OMS), que pede aos países ricos a doação de imunizantes às nações que não conseguiram adquiri-los. 

Quarta onda de Covid-19

A França enfrenta atualmente a quarta onda de Covid-19. A situação é crítica nas ilhas francesas da Guadalupe e da Martinica, na América Central, onde a resistência da população resulta em uma imunização de menos de 25% da população.

O governo também enfrenta o ceticismo entre parte dos franceses da Europa. Na ilha da Córsega e no litoral Atlântico, o número de internações é preocupante. Quase 90% dos indivíduos hospitalizados com a doença não estão vacinados.

No território europeu da França, 67,5% das pessoas receberam ao menos uma dose da vacina anticovid. Já 56,5% estão completamente imunizados.

Com a lei do passaporte sanitário, o governo espera incentivar os franceses a se imunizar contra a doença. No entanto, milhares de pessoas vêm saindo às ruas da França para protestar contra o passaporte sanitário. No último sábado (7), 237 mil manifestantes participaram de atos nas principais cidades do país. 

Nesta semana, o governo anunciou que vai endurecer as medidas e, a partir de outubro, os franceses não terão mais acesso ao teste gratuito para garantir a entrada em locais de lazer ou restaurantes. O pagamento dos testes deve se tornar um novo obstáculo aos antivacinas. 

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