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Parisienses fazem filas nas praias do rio Sena para fazer teste gratuito da Covid-19

Os dois estandes sanitários instalados pela prefeitura de Paris para diagnóstico gratuito da Covid-19 nas praias do rio Sena e do parque de la Villette estão fazendo grande sucesso neste verão. Os testes rápidos, do tipo PCR e sorológico, são realizados por equipes médicas que ainda oferecem explicações sobre a doença e métodos de prevenção.

Distribuição gratuita de álcool gel na praia do parque de La Villette, em Paris.
Distribuição gratuita de álcool gel na praia do parque de La Villette, em Paris. AFP - GEOFFROY VAN DER HASSELT
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Os "Vilarejos da Saúde" da 19ª edição de Paris Plage têm atraído mais frequentadores do que as espriguiçadeiras e atividades esportivas e culturais tradicionais da programação. Nas duas tendas estrategicamente localizadas, qualquer pessoa pode fazer gratuitamente e sem hora marcada testes da Covid-19. Desde a abertura do evento, no último sábado (18), os parisienses formam filas para serem examinados. O atendimento é proposto diariamente de 14h às 18h.

As equipes aplicam tanto o teste sorológico de sangue, para saber se a pessoa desenvolveu anticorpos contra o novo coronavírus, quanto o teste PCR do nariz, para identificar se o frequentador está com o vírus. Ao receber um resultado negativo, muitos compartilham o alívio com os enfermeiros ou confraternizam com outros que aguardam a sua vez.

Este ano, o evento Paris Plage foi adaptado às medidas de proteção exigidas para conter a epidemia. O distanciamento físico é garantido com a sinalização no solo, várias atividades exigem o uso de máscara, mas a atmosfera é de respeito às medidas de prevenção. Os frequentadores dispõem de vários pontos para lavar as mãos ou se reabastecer em álcool gel. A edição de Paris Plage 2020 vai até o dia 30 de agosto.

Mil casos novos em um único dia

O número de novos casos confirmados de coronavírus na França continua a crescer, com mais de 1.000 infectados em 24 horas e dez novos focos agrupados, anunciou nesta quinta-feira (23) a Direção Geral de Saúde (DGS). Em uma semana, os novos casos da Covid-19 deram um salto de 27% no país.

Há três semanas consecutivas, esse "aumento está se intensificando", sublinhou a Agência de Saúde Pública em seu boletim semanal divulgado hoje. Por duas semanas, o número de casos detectados cresceu mais rapidamente em termos percentuais do que o número de testes realizados, que aumentaram 3% na semana passada e 14% na semana anterior, acrescenta a agência. O aumento do número de pacientes positivos não pode, portanto, ser atribuído apenas à intensificação da testagem.

"Essa tendência subjacente indica que nossos hábitos recentes" (relaxamento da aplicação de gestos de prevenção e o aumento do número de contatos de risco) "promovem a circulação do vírus há várias semanas", sublinha o DGS em um comunicado à imprensa. "Ao menor sintoma, é mais do que nunca necessário ser rastreado por teste virológico, isolando-se antes mesmo de marcar uma consulta e, em seguida, enquanto aguarda o resultado", para impedir a instalação de "cadeias de transmissão", acrescenta a nota.

Desde 9 de maio, 570 casos agrupados (ou "clusters") foram detectados, mas 361 foram encerrados, observa a DGS. Portanto, 209 surtos ainda estão ativos nesta quinta-feira, incluindo dez novos focos detectados nas últimas 24 horas. Um "cluster" é definido pela ocorrência de pelo menos três casos confirmados ou prováveis, em um período de sete dias, que pertencem à mesma comunidade ou que participaram de um mesmo evento ou reunião.

No total, 5.957 pessoas estão hospitalizadas devido à Covid-19, incluindo 436 em terapia intensiva – nove a menos do que quarta-feira.

Testes alcançam mais de 300 mil pessoas por semana

Cerca de 361.000 pessoas realizaram um teste de triagem virológica na semana passada, incluindo 344.400 na região metropolitana. A agência de saúde também aponta para um aumento no número de pacientes "testados tardiamente", ou seja, cujos sintomas apareceram cinco a sete dias antes da coleta da amostra.

Sete departamentos franceses registraram na semana passada uma taxa de incidência acima do limiar de vigilância, fixada em dez casos positivos por 100.000 habitantes: Mayenne (noroeste), Vosges (leste), Finistère (noroeste), Val d'Oise (norte), Haut-Rhin (leste), Paris e Seine-Saint-Denis (região parisinese).

A epidemia matou dez pacientes na quarta-feira (22) em hospitais, elevando o número total de mortes para 30.182 pessoas. Desde o início da epidemia, 19.666 pessoas morreram em hospitais e 10.516 em casas de repouso, onde a avaliação geral foi revisada para baixo na terça-feira.

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